O que acontece ao corpo quando deixamos de beber álcool
A abstenção de bebidas alcóolicas não é sentida da mesma maneira por toda a gente, pois irá depender do consumo regular de cada indivíduo. Mas para quem bebeu mais do que devia nos últimos tempos, saiba que o Dry January tem de facto efeitos muito positivos no organismo, da regeneração do fígado à capacidade de concentração.
Janeiro é o mês em que se dá início às resoluções de ano novo, sendo também o mês dos desafios e provações, alguns deles associados a organizações sem fins lucrativos como a Veganuary (um desafio anual realizado por uma organização sem fins lucrativos do Reino Unido que promove e educa sobre o veganismo, incentivando as pessoas a seguir um estilo de vida vegano durante o mês de janeiro). Contudo, o mais conhecido de todos talvez seja o Dry January (janeiro seco traduzido à letra), que se refere à abstenção de álcool como resposta aos excessos da quadra festiva e de uma tentativa de se criar melhores hábitos de vida.
Ao fim de 30 dias, os efeitos são positivos e variados: melhoria da saúde hepática, cardiovascular e pulmonar, redução da probabilidade de cancro, um sono mais tranquilo e ainda melhores condições de concentração, o que irá sem dúvida conceder uma sensação de desintoxicação ao organismo. Estudos mostram que basta um dia de excesso de álcool, um ato isolado, para que haja um aumento do risco de doenças cardiovasculares, avançou a GQ espanhola. Isto é especialmente importante no caso de adolescentes e jovens adultos, uma vez que consumos deste género podem levar a perda de memória e interferir com o desenvolvimento do cérebro. Claro que quanto mais a pessoa beber regularmente, mais mudanças irá notar ao fazer o desafio.
Outro estudo, este da associação britânica Alcohol Change, relatou que 86% das pessoas poupam mais dinheiro durante o Dry January e que 70% notam uma melhoria geral na saúde. Especialistas da Priory, um estabelecimento de saúde mental e de dependências no Reino Unido, afirmam que no fim da primeira semana do desafio o indivíduo deverá estar a dormir melhor, a fazer escolhas alimentares mais saudáveis e a sentir-se mais hidratado (o álcool é um grande desidratante). Na segunda semana, de acordo com o Daily Mirror, a maior diferença encontra-se na pele, que deverá estar menos inchada e com um aspeto mais luminoso, mas também na melhoria do sistema imunitário e de problemas de estômago, como refluxo.
A pressão arterial começa a diminuir e estabilizar a meio do mês, na terceira semana, além de alguma perda de peso, isto se estivermos a trocar as calorias da bebida por refeições saudáveis. No fim do mês, o indivíduo deverá sentir-se como novo, de dentro para fora, dos pés à cabeça, com melhor humor e uma carteira mais recheada. Por fim, os médicos deixam um aviso: abster-se do álcool durante um mês apenas para voltar a consumi-lo em excesso é uma má ideia.
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Uma mente mais límpida, noites bem dormidas, a carteira mais cheia e uma pele de bebé. Ficar a “seco” ao longo do mês de janeiro — ou de qualquer outro mês — promete ser tudo de bom. É experimentar para crer, como fez a MUST.