Quais são, afinal, os perigos da luz dos telemóveis e computadores?
Passamos largas horas do dia defronte de dispositivos digitais, mas será que questionamos o mal que isso nos faz? Nem por isso, ou não passaríamos esse tempo todo por lá — convenhamos, nem sempre estamos no computador a trabalhar. E não é por falta de aviso, muitas vezes do nosso próprio telemóvel.

A mensagem está lá escrita, quer queiramos quer não. "Hoje passou mais 50% do dia a usar o telemóvel", alerta-nos o próprio equipamento. Daqui ao Instagram vão uns escassos segundos (onde é que já vai o alerta) e, de repente, já se passaram mais trinta minutos a fazer scrolling nesta rede social — tantas vezes a navegar no vazio, como reza a expressão. Vida moderna a quanto obrigas, ou então não. É que para se trabalhar, a obrigação de se passarem largas horas do dia defronte do ecrã de um computador é real. Mas temos sempre a opção de fechar a loja digitalmente falando, assim que o horário do expediente chega ao fim — o que não acontece na grande maioria das vezes. Afinal, há toda uma vida digital para se colocar em dia.
"A radiação solar é composta por radiação ultravioleta invisível (com efeitos conhecidos sobre a pele, como a vermelhidão e a pigmentação, o envelhecimento e o cancro cutâneo) e radiação de luz visível. A luz visível compreende uma gama de raios de luz de cores diferentes (vermelho, laranja, amarelo, verde e azul) que contêm quantidades diferentes de energia, em relação inversa com o comprimento de onda individual. Assim sendo, a radiação do extremo azul do espectro é a que tem comprimento de onda mais curto e mais energia (sendo a radiação visível mais próxima da radiação ultravioleta). O espectro de luz azul é também denominado luz visível de alta energia (HEV). Apesar da luz solar ser a principal fonte de luz azul, esta também está presente em muitas fontes internas de luz artificial, incluindo iluminação fluorescente, LED, ecrãs, smartphones, tablets e outros dispositivos digitais", esclarece à MUST a dermatologista Rita Travassos do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa. Acrescenta que muito "se tem falado no fotoenvelhecimento, e até na carcinógenese, associado à produção contínua de pequenas doses de radicais livres. Estes efeitos são sugeridos principalmente durante a exposição direta à luz solar, já que a intensidade de luz em ambientes fechados é geralmente de ordem de magnitude inferior. Porém, adianta: "sabe-se que a luz azul pode causar hiperpigmentação e agravar o melasma em indivíduos melando-competentes (apenas em peles mais escuras - fototipos III ou mais elevados)". A dermatologista ressalva ainda que "os efeitos da luz azul mais conhecidos são os relacionados com o dano ocular, nomeadamente da retina e a interferência na modulação do ritmo circadiário, interferindo com a produção de melatonina".
Como proteger a pele (na medida do possível)
Por mais que queiramos fugir, neste momento é complicado evitar-se o uso de computadores e/ou de telemóveis. É possível, como em tudo nesta vida, mas não é uma tarefa simples. Pode-se adoptar a tal postura "saudável" relativamente ao uso destes dispositivos no que respeita as redes sociais — sim, é possível viver-se sem elas. Mas haverão sempre as oito horas de trabalho a conviver com a tal luz azul que não é nem um bocadinho saudável para a nossa pele. Rita Travassos assevera que "a fonte de luz azul é especialmente a radiação solar, não se sabendo ainda o potencial danoso da emissão desta radiação pelos dispositivos digitais", porém dá alguns conselhos para se evitar os danos possíveis: "Recomenda-se a utilização de protetores solares de largo espectro. Muitos dos protetores dirigidos para indivíduos com melasma já têm indicação de que também têm cobertura para espetro da luz azul) e os protetores solares minerais garantem proteção para radiação ultravioleta e visível (e portanto luz azul). E, claro, barreiras físicas como chapéu e óculos escuros quando se está exposição à radiação no exterior".
Com a indústria da cosmética sempre atenta, no mercado já é possível encontrar-se produtos desenhados para se combater a luz azul. A dermatologista aconselha a que se recorra a "protectores solares de largo espectro (UVB, UVA e luz visível - que inclui a luz azul) todo o ano" Especifica que "os protectores solares minerais (com dióxido de titanio e óxido de zinco) garantem cobertura para radiação UV e luz visível". E termina com um conselho de cariz digital: "Existem ainda filtros de luz azul do telemóvel que permitem ajustar a cor do ecrã (pode também selecionar o modo nocturno do telemóvel ou usar apps específicas), mas neste momento desconhecemos se trazem benefício directo para a pele. Certamente não vão prejudicar a pele e a sua utilização poderá minimizar os efeitos da luz azul na perturbação do sono, especialmente quando utiliza dispositivos digitais no período nocturno".
Na dúvida, evite o uso excessivo de dispositivos digitais e recorra ao bom senso. No final verá que não só a sua pele sairá a ganhar, como a sua saúde mental e, no geral, a sua qualidade de vida.
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