Liga dos Campeões: quantos milhões ganham as equipas a jogo?
O sistema de distribuição das receitas da UEFA parece render cada vez mais aos participantes.
É já este sábado, 29, que a final da Liga dos Campeões será disputada pelos ingleses Manchester City e Chelsea no Estádio do Dragão. Esta decisão de realizar o evento no Porto em vez de em Istambul (onde ia acontecer originalmente) resulta de um aumento exponencial de casos de covid-19 na cidade turca, que a colocou na lista vermelha do Governo britânico, contrastado com um cenário mais positivo em Portugal, que por sua vez já demonstrou a sua capacidade para organizar grande eventos desportivos.
Embora no Dragão sejam apenas autorizados 16 mil adeptos das duas equipas, muitos aproveitaram a recente abertura das viagens entre Portugal e o Reino Unido para apoiar o seu clube, mesmo sem ter conseguido bilhete. A fasquia do jogo é alta, não só pela glória, mas também pela compensação monetária atribuída ao vencedor, acrescentada ao avultado montante recebido pelas equipas participantes graças ao sistema de distribuição da Liga dos Campeões, que naturalmente varia conforme a colocação de cada equipa.
Nesta temporada, segundo o que revelou a revista Forbes, a UEFA dispõe de um total de 2.040 milhões de euros para distribuir entre as 32 equipas que chegaram à Liga dos Campeões, resultando num valor mínimo de 15,25 milhões para cada clube.
A partir daí, o valor aumenta a cada etapa ultrapassada. Só no ano passado, cada vitória na fase de grupos lucrou à equipa vencedora cerca de 2,7 milhões de euros e 900 mil para os empates. O jornal espanhol AS prevê que estes valores aumentem na temporada 2021/22, passando a galardoar os vencedores com 2,8 milhões de euros e os empatados com 930 mil. A mesma publicação também estima que, já nos oitavos de final, a compensação seja de 9,5 milhões, e que nos quartos de final ronde os 10,5 milhões. Finalmente, as equipas que chegarem às semifinais terão direito a 15 milhões de euros e a equipa vencedora receberá 19 milhões. Assim, calcula-se que o clube campeão receba um total de 62 milhões de euros.
Por fim, um fator de peso a ter em conta é a quota de mercado, ou a market pool, a fonte de grande parte das receitas das equipas da Liga dos Campeões, que atribui a cada país um determinado montante de acordo com o valor de cada mercado televisivo representado pelos clubes integrantes. As diferentes quotas de mercado são depois distribuídas entre cada clube por duas metades: 50% dependerá do número de jogos disputados na Liga, enquanto a outra metade dependerá da classificação de cada equipa no campeonato nacional, contribuindo assim largamente para o lucro de cada uma. No entanto, importa lembrar que, para poder pelo menos chegar às semifinais, o Manchester City e o Chelsea tiveram de investir colossalmente nos seus jogadores: as quatro contratações mais caras da história do Chelsea foram feitas na última década com nomes como Havertz ou Kepa (ambos contratados por 80 milhões de euros cada); enquanto o Manchester City já se tornou conhecido pelo seu gasto em defesas, que em pouco tempo ultrapassou os 300 milhões de euros.
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