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Com ferro-velho e cosméticos, ricos ganham 1,2 biliões em 2019

A expansão de uma gigante presença nas redes sociais, uma música sobre uma família de tubarões e uma coleção crescente de ferros-velhos são apenas algumas das maneiras curiosas que ajudaram a tornar 2019 um ano fértil para fortunas em todo o mundo.

Jeff Bezos, fundador da Amazon
Jeff Bezos, fundador da Amazon Foto: Bloomberg
30 de dezembro de 2019 | Bloomberg

Kylie Jenner tornou-se a mais jovem bilionária este ano depois de a sua empresa, a Kylie Cosmetics, ter fechado uma parceria exclusiva com a Ulta Beauty. Jenner vendeu uma participação de 51% por 600 milhões de dólares.

Passaram quase dois meses desde que o Washington Nationals conquistou o seu primeiro campeonato da World Series, mas pessoas de todo o mundo ainda cantam o grito de guerra adotado pela equipa de beisebol: "Baby Shark, doo-doo-doo-doo-doo-doo". A família coreana que ajudou a popularizar a canção agora vale cerca de 125 milhões de dólares.

Até acidentes de carro acabaram por se transformar num tesouro. Willis Johnson, o nativo de Oklahoma, nos EUA, que fundou a Copart, acumulou uma fortuna de 1,9 mil milhões de dólares ao montar uma rede de ferros-velhos para vender automóveis danificados.

Os ricos ficam cada vez mais ricos. As 500 pessoas mais ricas do mundo analisadas pelo Índice de Bilionários Bloomberg ganharam 1,2 biliões de dólares este ano, um aumento de 25% do património líquido total, para 5,9 biliões de dólares.

Tais ganhos certamente aquecerão o debate já acalorado sobre o aumento da riqueza e da desigualdade de rendimentos. Nos EUA, os 0,1% mais ricos controlam uma fatia maior do bolo do que em qualquer outro momento desde 1929, levando alguns políticos a pedirem uma reestruturação radical da economia.

Os principais ganhos de 2019 foram registados pelo francês Bernard Arnault, que ganhou 36,5 mil milhões de dólares e subiu no índice Bloomberg para se tornar a terceira pessoa mais rica do mundo e um dos três bilionários - aqueles com património líquido de pelo menos 100 mil milhões de dólares.

Ao todo, apenas 52 pessoas no ranking registaram uma queda do património este ano. Jeff Bezos, fundador da Amazon.com, perdeu quase 9 mil milhões de dólares, mas a queda é explicada pelo acordo de divórcio com MacKenzie Bezos. O titã do comércio eletrónico ainda está a terminar o ano como a pessoa mais rica do mundo.

Vencedores de 2019

Os 172 bilionários americanos do ranking da Bloomberg ganharam 500 mil milhões de dólares. Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, aumentou a fortuna em 27,3 mil milhões, enquanto o cofundador da Microsoft, Bill Gates, agora tem 22,7 mil milhões a mais.

A representação da China continuou a crescer, com 54 bilionários, perdendo apenas para os EUA. He Xiangjian, fundador do maior exportador de ar condicionado da China, foi o destaque: a sua fortuna aumentou 79%, para 23,3 mil milhões de dólares.

Os mais ricos da Rússia ganharam ao todo 51 mil milhões de dólares, um aumento de 21%, com a recuperação de ativos de mercados emergentes em 2019, como moedas, ações e títulos, após as grandes perdas no ano anterior.

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