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6 estratégias para ter as finanças em ordem ao longo de 2024

Um especialista em poupança, André Pedro, revela à MUST que mandamentos devemos ter em mente se quisermos poupar uns trocos. Todos os anos são desafiantes à sua maneira, mas este promete sê-lo, de modo geral, dada a instabilidade atual da economia, o aumento das rendas e dos créditos. André Pedro, especialista em poupança, respondeu a sete questões fundamentais.

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22 de abril de 2024 | Rita Silva Avelar

Todos os anos são desafiantes à sua maneira, mas este promete sê-lo, de modo geral, dada a instabilidade atual da economia, o aumento das rendas e dos créditos. André Pedro, do website Compara Já, respondeu a sete questões fundamentais.

Quais são as melhores estratégias para poupar?

É natural que, no meio de tantas despesas, se perca a noção exata de todos os gastos que se vai tendo ao longo do ano. Nesse sentido, é importante listar todas as despesas que impactam o orçamento, com particular destaque para as despesas fixas, visto que são mais fáceis de distinguir, sendo também as mais avultadas. Comparar e poupar são praticamente sinónimos e, por isso, é crucial comparar sempre as propostas que o mercado apresenta seja em que área for.

Como poupar sem nos tornarmos obcecados com a poupança?

Poupar não significa não gastar dinheiro. Poupar significa sim gastar dinheiro de forma inteligente. Um bom mecanismo para perceber se estamos a fazer compras ‘inteligentes’ é a rentabilidade (ou às vezes a falta dela) do produto que estamos a comprar. Muitas das vezes corremos o erro de comprar sem realmente precisar do artigo. Devemos perceber o valor à unidade e o valor diário a que irá corresponder. Esta conta de divisão dá uma noção mais concreta do impacto que essa compra acaba por assumir.

Quais são os principais erros que quem tenta poupar, sem sucesso, comete?

Há dois erros recorrentes e que dificultam o cumprimento de boas práticas de poupança. Se, por um lado, a falta de informação faz com que se cometam erros importantes, por outro lado, o ato de comparar nem sempre é algo propriamente fácil de implementar. É fundamental que se faça este exercício de forma exímia e rigorosa.

Quais são as pequenas mudanças no dia a dia que nos levam a economizar?

Pode parecer que não, mas são as ações mais simples que acabam por impactar o orçamento ao final do mês. Antes de comprar algo mais caro que não é essencial, devemos refletir sempre 24 horas antes sobre a necessidade dessa aquisição. Se após essas 24 horas essa compra ainda for importante, é porque efetivamente devemos avançar. No entanto, na maior parte dos casos, acabamos por esquecer essa compra e evitamos uma despesa desnecessária. Ir às compras sem fome é outro exemplo que pode parecer irrelevante, porém, que faz com que não se caia em compras impulsivas e desnecessárias.
André Pedro, do Compara Já.
André Pedro, do Compara Já. Foto: DR

Que mitos há sobre a poupança?

O principal mito vai, muito provavelmente, ao encontro de que poupar é algo difícil ou que só as grandes despesas é que importam. Todas as compras que fazemos podem ser boas oportunidades de poupança, desde o valor da prestação da casa à tarifa de energia, passando pelo combustível do automóvel ou pela ida ao supermercado. Pode haver poupança em tudo o que se faz.

Remover o dinheiro para a poupança no início ou no fim do mês? (ou seja, depois de receber ou no fim de gastar)

Há ‘regras’ de gestão que não são universais e cada pessoa irá sempre orientar-se da forma que achar mais conveniente e adequada. No entanto, consideramos que colocar a poupança de parte no início do mês é sempre o mais adequado, uma vez que ajuda a limitar os gastos de final do mês.
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