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Magnata russo transforma palácio em meca de obras de Fabergé

Quando Arnold Schwarzenegger visitou a Rússia em 2010, Viktor Vekselberg mostrou ao governador da Califórnia a sua famosa coleção Fabergé em exposição no Ritz-Carlton em Moscovo.

Ovos-faberge-russia-museu Foto: Getty Images
03 de setembro de 2019 | Bloomberg
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Três anos depois, o bilionário encontrou um lar permanente para os itens no Palácio Shuvalov, em São Petersburgo - a cidade onde Carl Fabergé nasceu -, tendo gastado 40 milhões de dólares para reformar o edifício neoclássico no rio Fontanka. Hoje, o Museu Fabergé inclui mais de 1.000 peças, com a maior coleção do mundo de obras do lendário joalheiro, mais conhecido pelos seus ovos de Páscoa imperiais.

"Qualquer colecionador de verdade cria uma coleção para exibi-la publicamente mais cedo ou mais tarde e, idealmente, cria o seu próprio museu", afirmou Vekselberg através de um e-mail.

Ovo-museu-faberge Foto: Reuters

O diretor do Museu Fabergé, Vladimir Voronchenko, de 66 anos, amigo de infância de Vekselberg, disse que está a transformar a instituição numa "marca global". O museu registou 689.000 visitas no ano passado, um número quase oito vezes maior do que em 2014, tornando-o um dos destinos culturais mais populares em São Petersburgo.

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Vekselberg, de 62 anos, é cofundador do Renova Group e tem participações em mais de uma dúzia de empresas, como uma fatia na United Co. Rusal, a maior produtora de alumínio do mundo fora da China, além de ações das fabricantes de equipamentos Sulzer e Oerlikon. Vekselberg é a 10.ª pessoa mais rica do país, com uma fortuna de 13,7 mil milhões de dólares, segundo o Índice de Bilionários Bloomberg.

Em abril de 2018, o Departamento do Tesouro dos EUA incluiu Vekselberg e o grupo Renova numa uma lista de oligarcas, empresas e altos funcionários do governo russo sujeitos a sanções que, segundo os EUA, serviram de uma punição pelas ações do país na Crimeia, Ucrânia e Síria, e por tentar subverter as democracias ocidentais. Voronchenko disse que as sanções não afetaram as operações do museu.

Museu Fabergé Foto: Bloomberg

"Tal como eu, Viktor sempre foi um colecionador ativo", salientou Voronchenko, acrescentando que os dois começaram no início dos anos 90 com ícones e pinturas clássicas de antigos mestres russos.

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Em 2004, Vekselberg adquiriu uma coleção icónica de mais de 200 itens de Fabergé da família Forbes por cerca de 100 milhões de dólares. Carl Fabergé, que proporcionou a imperadores e nobres russos numerosas obras preciosas ao longo de quatro décadas, fugiu do país logo após a revolução bolchevique em 1917. O artista é mais conhecido por uma série de 50 ovos de Páscoa que os dois últimos czares da Rússia deram de presente a parentes próximos. O Museu Fabergé possui nove.

Vekselberg disse que a compra da coleção Forbes foi possível depois dele e os seus sócios terem vendido uma participação de 50% na Tyumen Oil em 2003 por quase 7 mil milhões de dólares.

"Felizmente, eu tinha dinheiro suficiente disponível ", revelou no e-mail.

Além dos famosos ovos, a coleção Fabergé de Vekselberg inclui outras peças de joalharia, talheres e objetos religiosos. O museu também exibe obras de outros joalheiros e ourives russos que foram contemporâneos de Fabergé. A coleção é composta por mais de 4.000 itens.

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