O realizador de cinema Steven Spielberg, o ator Nicolas Cage e o magnata Elon Musk têm algumas coisas em comum. Senão vejamos: são todos reconhecidos pelo seu trabalho (afinal tratam-se de estrelas de Hollywood e Silicon Valley) possuem contas bancárias com muitos zeros à direita; e têm um fascínio especial pelo espaço. No caso de Elon Musk, esse fascínio deu até origem à empresa espacial Space X. Mas falamos aqui de um tipo de sedução digna do mais comprometido colecionador, segundo uma reportagem do jornal The Guardian.
Todos eles, são, ou pensa-se serem apreciadores de meteoritos, entre outras excentricidades é claro. Ou seja, as estrelas desta terra andam ocupadas a adquirir as estrelas do céu. E é exatamente a este tipo de população, os milionários, que as leiloeiras mais exclusivas querem chegar.
Foi o que fez a Christie’s, que esta semana organiza um leilão chamado Deep Impact (no original, Impacto Profundo), com mais de 70 meteoritos, que deverão ser vendidos por vários milhões.
E acredite há muito boa gente nesta corrida. De facto, a atração das celebridades por estes pedaços de universo fez explodir o valor destas peças no mercado vigente. Aliás, se não está familiarizado, estes objetos são mesmo compostos a partir de uma explosão de fragmentos espaciais na atmosfera (podem ser provenientes de asteroides, planetas ou cometas). Após o impacto podem ser encontrados por qualquer um, já que se encontram espalhados pelo nosso planeta.
Mas não é qualquer rocha que serve de meteorito, ou estaríamos todos milionários. Muitos destes fragmentos são enviados a entidades oficiais como museus e são muito poucos os que são reconhecidos com um certificado no final.
A leiloeira Sotheby’s declarou também ao The Guardian que a popularidade destas peças também é real junto de uma população mais jovem, na casa dos 20’s, 30’s e até 40’s. Mas se a idade não é impedimento para possuir um destes exemplares, a carteira sim já o é.
Um pedaço certificado vindo da lua, por exemplo, pode custar-lhe entre 149 mil e 207 mil euros, não é para qualquer um. Quanto a nós, comuns mortais resta-nos escrever ou ler notícias como estas e deixar-nos levar pelo imaginário. Afinal, o céu é literalmente o limite.