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Este é o segredo de Tim Cook para lidar com o stress

Não é por ser CEO de uma das gigantes tecnológicas mais importantes do mundo que Tim Cook está livre de pressões e responsabilidades.

Foto: Reuteurs
10 de abril de 2023 | Ana Filipa Damião
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Nem os homens mais poderosos do mundo conseguem fugir ao stress do dia a dia. Afinal, estamos perante uns dos grandes males do século XXI, a par da ansiedade e do burnout. Contudo, e felizmente, existem mecanismos simples que permitem lidar com a pressão, tal como Tim Cook, CEO da Apple, explica em entrevista à GQ norte-americana. 

"Tento não deixar que a urgência tome conta do dia", começa por dizer. Tenta sair do escritório por volta das seis ou sete da tarde, visto que a sensação de normalidade e equilíbrio são aspetos muito importantes na rotina diária. 

Afirma também que gosta de olhar pela janela quando está no café dos escritórios da Apple, pois sente-se de imediato do lado de lá do vidro, ao ar livre. Quando está sob muito stress, pensa em caminhadas e nas coisas que realmente o tranquilizam, e por ter vivido em várias localidades com espaços verdes, criou uma clara ligação com a natureza. "Comecei a andar de bicicleta e a fazer hiking [quando vivia no Colorado], e depois mudei-me para a Califórnia (...), e aqui pode-se caminhar por vários lugares diferentes. É quase um pecado não sair e desfrutar."

Na mesma linha de pensamento, e mesmo sendo o CEO de uma gigante tecnológica, Tim Cook sabe que tem de haver limites para o tempo que passa no telemóvel. "Tentamos arranjar ferramentas para ajudar as pessoas a largarem-no. Porque a minha filosofia é, se estiveres a olhar mais para o telemóvel do que para os olhos de alguém, estás a fazer a coisa errada. Por isso, temos mecanismos como o screen time", diz, referindo-se ao relatório que indica o tempo que o indivíduo gasta em determinado dispositivo. "Olho religiosamente para o meu relatório."

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É certo, diz ainda, que "as crianças [de agora] nascem digitais", mas penso que é "realmente importante colocar fortes barreiras à sua volta. Criamos tecnologia para empoderar pessoas de modo a conseguirem fazer coisas que não poderiam fazer, para criar coisas que não poderiam criar, para aprender coisas que não poderiam aprender. E é isso que realmente nos impulsiona. Não queremos que usem demasiado os nossos telemóveis."
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