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Estas são as 5 melhores finais de sempre do Mundial

Argentina e França, repetentes e tituladas, entram em campo no domingo, no Estádio Lusail, Qatar, para disputar a 22.ª final de um Mundial de Futebol. A bitola está elevada – desde 1930, foram várias as finais emocionantes, de escândalo, de génio. Este é o nosso top 5.

Foto: Getty Images
16 de dezembro de 2022 | Áureo Soares
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5. Le jour de gloire est arrivé

1998 – Brasil vs França 0-3

Num Mundial disputado em França, Zinedine "Zizou" Zidane enfrentava o Brasil de Ronaldo, o Fenómeno, que esteve em dúvida para o jogo (há muita especulação, sendo que a Folha de São Paulo relatou que o avançado teria sofrido um colapso nervoso antes do jogo). Quem pensasse que esta seria uma partida equilibrada teve aqui a sua desilusão, com uma categórica vitória gaulesa, fruto do trabalho de uma verdadeira equipa liderada por um génio contra um coletivo de pequenos génios sem equipa. Foi o ano de Zidane, homem do jogo nesta final, com dois golos que destruíram as ambições do Brasil de revalidar o título conquistado quatro anos antes. 

4. Deus é argentino 
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1986 – Argentina x Alemanha Ocidental 3-2 

Foram três as ocasiões em que argentinos e alemães se encontraram na final, com vantagem para os germânicos. A exceção, com a taça a ter Buenos Aires como destino, aconteceu em 1986, o ano dourado de Diego Armando Maradona, o verão em que El Pibe assinou o melhor golo da história, quando fintou metade da equipa inglesa nos quartos de final, e, na mesma partida, o infame tento da "La mano de Dios." Frente à Alemanha, numa final de loucos, a Argentina esteve a vencer por 2-0, com golos de Brown e Jorge Valdano. Aos 81’’, já os alemães empatavam. A magia chegou três minutos depois, com um toque de cabeça de Maradona e a subsequente assistência, com um passe longo, para o 3-2 de Burruchaga. 

Foto: Getty Images
3. O futebol joga em casa

1966 – Inglaterra x Alemanha Ocidental 4-2 

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Apesar de ter sido o Mundial de Eusébio (9 golos marcados), foi a Inglaterra a atingir a glória, precisamente após eliminar Portugal nas meias-finais. Frente à Alemanha Ocidental, de Franz Beckenbauer, os lendários Bobby Moore e Bobby Charlton controlaram e levaram a partida para prolongamento, após empate a dois nos 90’’, com golos ingleses de Peters e Hurst. No tempo extra, o avançado Hurst assinou mais dois golos e tornou-se no único futebolista a marcar um hat-trick numa final de um Mundial, curiosamente a única do palmarés inglês. 

2. Obra-prima brasileira 

1970 – Brasil x Itália 4-1 

A jogada começa com uma recuperação do avançado Tostão, aos 86’’, junto à sua defesa. A bola chega a Pelé, que combina com Gérson, que passa para Clodoaldo. O médio brasileiro dribla três italianos, oferece a bola a Rivelino, junto à linha lateral, que passa em profundidade para Jairzinho, que, já perto da área italiana, flete para o interior do terreno e devolve a Pelé. Com pés de veludo, sem correrias desnecessárias, Rei "troca os olhos" ao defesa italiano Tarcisio Burgnich, recebe a bola com o pé direito, ajeita com o esquerdo e volta a usar o destro para assistir o defesa lateral direito e capitão Carlos Alberto Torres. O golo chega na passada, num remate cruzado sem hipóteses para o guarda-redes Albertosi. Foram 29 segundos, com oito dos dez jogadores de campo a tocar na bola – e estava feito o melhor golo de equipa da história do futebol. A 21 de junho de 1970, no Estádio Azteca, Cidade do México, o Brasil sagrava-se tricampeão frente à poderosa Itália. 

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1. O escândalo do Maracanaço 

1950 – Uruguai x Brasil 2-1 

Num mundo ainda a preto e branco, e antes de Pelé, o Brasil foi o país escolhido para organizar o primeiro mundial depois da II Guerra Mundial. Claramente favorita, a "canarinha" enfrentou o Uruguai na derradeira partida da Copa, na então capital Rio de Janeiro, e no mais mediático estádio de futebol do mundo, o Maracanã. A seleção da casa esteve a vencer, com golo de Friaça, mas o Uruguai deu a volta ao resultado através de Schiaffino e de Ghiggia. A vitória dos uruguaios foi tão surpreendente que deu origem ao neologismo "maracanaço", ou "maracanazo". Esta foi a primeira final perdida do Brasil, que haveria de sagrar-se tetracampeão até perder a sua segunda final, em 1998, frente à França.

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