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Covid torna voos de classe executiva mais parecido com os de económica

Esqueça a taça de Moet & Chandon gelada antes da descolagem, o gin a meio do voo e um carrinho de sobremesas depois do jantar. Voar em classe executiva já não é o que costumava ser.

Foto: Photo by Ethan McArthur on Unsplash
17 de setembro de 2020 | Bloomberg
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As medidas para minimizar a interação humana e reduzir o risco de infeção por Covid-19 tiram o brilho dos assentos mais caros a bordo dos aviões comerciais. Adeus aos banquetes com vários pratos e serviço pessoal caloroso, que já foram as marcas de companhias aéreas como a Singapore Airlines e Cathay Pacific Airways. Hoje em dia, o que resta das viagens de nível premium é funcional, higiénico e mais próximo da classe económica, apenas com mais espaço para as pernas.

As limitações são mais uma dor de cabeça para o setor, que enfrenta o colapso quase total da procura depois de anos de disputa com ofertas de luxo para atrair os passageiros mais rentáveis.

Classe económica

"Não há ninguém para ajudá-lo com a sua bagagem, não é acompanhado até ao assento e definitivamente não há champanhe antes do voo", disse Sandra Lim, que voou em classe executiva de Los Angeles para Singapura com a Singapore Air no final do mês passado. "Parece uma reversão para a classe económica."

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A tripulação usava máscaras e proteção para os olhos, evitando pontos de contato compartilhados sempre que possível, disse Lim. Embora os passageiros pudessem pedir uma bebida, não era oferecida gratuitamente e não havia ementa. As refeições vinham com tudo numa bandeja, assim como na classe económica, e não em pratos separados.

"Quando se tira a comida e o serviço, é apenas um meio de transporte para ir do ponto A ao B", disse Lim, consultora de alimentos e bebidas de 38 anos.

Algumas rotas no exterior foram retomadas, mas o tráfego global é fraco. A procura de passageiros internacionais caiu 92% em julho, e os aviões que voaram normalmente estavam aproximadamente com metade da lotação, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).

Foto: Bloomberg
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‘Mudança estrutural’

Também não está claro até que ponto o mercado premium, que a IATA diz ter gerado 30% das receitas internacionais das companhias aéreas em 2019, pode recuperar. Muitos passageiros de negócios habituaram-se a videoconferências em vez de fazer visitas pessoalmente, e a recessão global ameaça orçamentos corporativos.

"Estamos a enfrentar um longo e incerto caminho para a recuperação", disse o diretor comercial e de clientes da Cathay, Ronald Lam.

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"Simplesmente não vamos sobreviver a menos que adaptemos as nossas companhias aéreas para o novo mercado de viagens."

 

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