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Coronavírus: está a relaxar nas medidas de proteção?

Um novo estudo da Universidade de Princeton, nos EUA, explica porque insistimos em fazer o que não devemos quando se trata da covid-19 e avança formas de evitar a situação.

Foto: Unsplash
30 de abril de 2020 | Mariana Dias
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A Covid-19 é a crise pandémica que está a desafiar a espécie humana a todos os níveis. Desde a vida hospitalar à quotidiana, todos fomos obrigados a adotar medidas de prevenção que não faziam parte do nosso dia a dia. Como por exemplo lavar as mãos frequentemente, desinfetar espaços e objetos regularmente ou usar equipamento de proteção.

Contudo, segundo um artigo publicado na revista científica Lancet Public Health, o mais difícil não é aplicar essas medidas, mas sim mantê-las. O artigo ‘Pitfalls of judgment during the Covid-19 pandemic’ juntou, por isso, oito comportamentos de risco que as pessoas devem evitar para que o pior não aconteça.

Inicialmente, a Covid-19 foi designada como coronavírus de origem desconhecida, o que originou preocupação entre a população mundial. O medo constante do desconhecido é um fator que atrai respostas psicológicas do ser humano. Ou seja, o facto de não existir muita informação sobre algo, faz com que as pessoas fiquem mais alerta e tomem mais precauções. Porém, o novo coronavírus ganhou notoriedade e o mundo começou a habituar-se à ideia da existência de uma doença mortal, como se fosse uma coisa normal. Dessa forma, existe uma tendência para se diminuirem as medidas de prevenção em relação ao vírus, o que pode potencializar comportamentos de risco e, por sua vez, a contaminação. Para que isso não aconteça, é necessário ir relembrando de forma criativa as pessoas mais próximas, que o vírus é assustador e pode ser mortal.

Em geral, todas as pessoas têm vergonha de alguma coisa. Contudo, neste caso, dar demasiada importância ao que as outras pessoas pensam pode provocar um comportamento de risco. Atualmente, algumas pessoas podem pensar que o uso de máscara é um ato de vulnerabilidade. Porém, durante este período, as opiniões imaginárias dos outros têm de ser deixadas de lado, porque o mais importante é sobreviver. A máscara tem um papel indispensável, as suas características impedem o contacto com as nossas mucosas, que é a principal fonte de transmissão. Por essa razão, as máscaras podem mesmo salvar vidas.

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Outro comportamento menos correto que as pessoas podem ter durante esta pandemia é ignorar os outros tipos de risco que existiam antes do vírus. Neste momento, estamos tão focados no novo coronavírus, que nos esquecemos de praticar hábitos saudáveis como comer bem, fazer exercício físico ou dormir, fatores que impedem outras doenças de se desenvolverem. Neste estudo, os pesquisadores dão destaque especial à saúde mental. É do conhecimento geral, que o distanciamento social é crucial nesta altura, mas também é importante mantermos os nossos hábitos sociais. Seja a comunicação virtual com outras pessoas, a meditação ou outros rotinas que já praticávamos antes da Covid-19.

Pode ser impossível, mas a falta de feedback do próprio vírus, pode originar comportamentos de risco. Os sintomas do mesmo podem demorar dias a começar a aparecer, e por esse motivo não há maneira de sabermos se estamos infetados ou não. Ou se precisamos de tomar certas medidas de prevenção. Nesta situação, a melhor maneira de agir é manter-se sempre a si e aos outros em segurança.

Mudar não é fácil para ninguém, especialmente se for de forma forçada e com normas desafiantes. Durante toda a vida, desenvolvemos hábitos que vão ficando, e de certa forma são difíceis de deixar. Contudo, para que isso não aconteça, é necessário relembrarmo-nos que esta pode ser uma boa altura para ver as coisas de forma diferente, ou até mesmo conectarmo-nos mais com quem está à nossa volta.

Durante este tempo de crise é muito importante não julgar, fazer previsões ou retrospetivas. Não importa o que acontece, não é uma boa altura para julgar alguém.  Começando connosco: segundo estes investigadores, é importante não especular situações e manter a calma.

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Em suma, ficar seguro e seguir as regras é meio caminho andado. E com este estudo, os especialistas esperam que a conscientização destes fatores possam evitar comportamentos de risco e ajudar a combater a crise da covid-19.

 

 

 

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