Alexa, o dispositivo de inteligência artificial (IA) da Amazon, vai conseguir recriar a voz de entes queridos, vivos ou que já faleceram, revelou Rohit Prasad, vice-presidente sénior e cientista responsável pela assistente virtual, na conferência re: Mars, que teve lugar a 22 de junho.
De acordo com a empresa, a nova funcionalidade de Alexa tem como objetivo realçar os seus "atributos humanos" - muito importantes em tempos de pandemia e de perda – permitindo assim a existência de "relações pessoais duradouras". Para alcançar o que se pensava impossível, o robot apenas necessita de ouvir cerca de um minuto de gravação da voz da pessoa em questão para a conseguir imitar na perfeição.
De forma quase instantânea, os internautas recorreram às redes sociais para expressarem a sua opinião sobre o assunto, muitos deles comparando o update à série Black Mirror. No episódio Be Right Back a protagonista, Martha, descobre que é possível conversar com o namorado Ash, que morreu num acidente de carro, através da inteligência artificial. Impossível não lembrar outra obra que remete para os meandros das relações entre humanos e A Inteligência Artificial (IA), o filme Her - Uma História de Amor, em que um solitário escritor se apaixona pelo sistema operacional do seu computador.
Recorde-se que, em 2019, a Alexa já tinha a capacidade de adotar vozes de figuras conhecidas como a de Samuel L. Jackson. "Estamos inquestionavelmente a viver na era dourada da IA, onde os nossos sonhos e ficções científicas se estão a tornar realidade", afirmou Prasad.