Quando o assunto é o espaço, são ainda muitos os mistérios que a comunidade científica procura desvendar.
Um novo estudo levado a cabo
pelo astrónomo Tod Lauer e pela sua equipa de investigadores do
Observatório Nacional de Astronomia Ótica do Arizona, nos EUA, descobriu que o espaço profundo não é "escuro como breu", pelo contrário: brilha.
A pergunta que estes investigadores fizeram foi: qual a luminosidade do espaço, se lhe retirarmos todas as fontes de luz conhecidas? De acordo com as conclusões deste estudo, o espaço tem quase o dobro da luz do que se esperava,
revela a Forbes.
Estas descobertas foram possíveis graças à
sonda do New Horizons, um projeto da NASA que nasceu para estudar o
planeta que está mais longe do nosso Sistema Solar, Plutão, mas que entretanto se estendeu até à investigação do espaço profundo, ou espaço sideral, graças a esta sonda, que se foi movendo para cada vez mais longe. Neste momento, a sonda
New Horizons está a 10,3 bilhões de quilómetros da Terra, ou seja, está 50 vezes mais longe do Sol do que a Terra, tendo sido precisamente essa a distância da principal fonte de luz do Sistema Solar que levou a estes novos estudos. Contra todas as previsões dos cientistas, a sonda continua a recolher importantes informações.
Com esta nova informação, os investigadores estudaram o que se esperava serem
fotografias vazias do espaço profundo tiradas pelas naves espaciais, ou seja, sem objetos brilhantes. As imagens foram processadas para remover toda a luz de fontes conhecidas, incluindo quaisquer estrelas relativamente próximas. Os investigadores também removeram a luz de galáxias que se crê existirem mas que não foram encontradas. Os cientistas foram deixados com imagens do espaço profundo sem qualquer poluição luminosa.
Curiosamente, e apesar de todos esses fatores, a luz mantém-se nas imagens. De onde vem exatamente não se sabe ao certo, mas as teorias sugerem que a luz poderá vir de estrelas ou galáxias ainda não descobertas.