Foi em 2003 que a chef holandesa Angélique Schmeinck teve a ideia de cozinhar num balão de ar quente. Depois de 12 anos no restaurante De Kromme Dissel, nos Países Baixos, com uma estrela Michelin, e de vários livros de cozinha, a chef decidiu aventurar-se num desafio no mínimo diferente. Juntou-se a uma empresa de balões de ar quente e levou a cabo uma experiência única: cozinhar peixe e frango na chama do balão. Esta atinge uma temperatura de 90 graus, ideal para cozinhar lentamente. Depois do teste bem-sucedido, nasceu o CuliAir, o primeiro restaurante do género no mundo.
Com uma cozinha totalmente funcional, o restaurante tem um balcão que fica pendurado na lateral da cesta, com um fogão, e um sistema com recipientes de aço que permitem levantar e baixar a comida em direção à chama do balão. Existem 20 locais de descolagem, e os clientes recebem uma notificação sobre onde estar apenas algumas horas antes da refeição. Como a temperatura da chama afeta diretamente os tempos de confeção, o clima é fundamental. Para isto, a chef trabalha sempre em conjunto com o piloto do balão, para garantir que os ajustes do curso não afetam os pratos.
As viagens têm lugar nos meses de agosto e setembro, e antes de levantar do chão, em cidades como Amersfoort ou Arnhem, nos Países Baixos, os convidados são servidos de champanhe e aperitivos. O primeiro prato é normalmente marisco, e este ano a chef serviu lagostins, mariscos frescos, lagosta com maracujá, cenoura amarela levemente fermentada com erva-doce. Quarenta e cinco minutos depois é servida a segunda iguaria, um robalo real cozinhado nos recipientes de aço, acompanhado com molho bouillabaisse e vegetais sazonais.
Para finalizar, é servido um prato de carne; e pato foi a escolha mais recente da chef, combinado com cogumelos de verão e salsa de couve-flor e abóbora. Ao aterrar, os clientes são recebidos com música ao vivo e uma sobremesa. Normalmente mousse de chocolate branco e maracujá, com merengue crocante, framboesa e calda de manjericão, o final perfeito para uma experiência única.