Prazeres / Sabores

Clorofila: o restaurante que celebra a luz de Lisboa

É no Lumen, um hotel de quatro estrelas no centro de Lisboa, inaugurado em 2021, que se esconde este restaurante. Aqui todas as noites há um espetáculo de videomapping que dá a conhecer os monumentos e a luz da capital. Jantar aqui é um verdadeiro dois-em-um, com boa comida e animação incluída.

Foto: DR
09 de maio de 2024 | Madalena Haderer
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Agora que as tardes estão mais soalheiras e os serões começam a ficar mais quentes, vamos falar-lhe de um segredo bem escondido na cidade de Lisboa, um sítio perfeito para jantar, principalmente se estiver com alguém que queira impressionar. Chama-se Clorofila e é o restaurante do hotel Lumen, na zona das Picoas. Mas, porquê apenas para jantar? – perguntará o leitor. Porque aqui, todas as noites, às 22 horas, pode assistir ao The Lisbon Light Show – um espetáculo de videomapping, inspirado nos monumentos e na luz de Lisboa, e que consiste na projeção de imagens nas paredes do pátio interior do hotel acompanhadas de música. O espetáculo tem a duração de 15 minutos e promete encantar pessoas de todas as idades, mesmo as nascidas e criadas na capital. Apesar de toda esta animação, o melhor que o Clorofila tem para oferecer é mesmo a comida. Desde o hot bowl de salmão e quinoa ao ossobuco, passando pelo timbale de bacalhau e cavala, a nova carta de primavera-verão tem algo para agradar a todos. E, num espírito de verdadeira democracia gastronómica, ainda há um grupo de WhatsApp onde é possível votar o prato do dia de cada sexta-feira.

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Para o chef Celso Dias, a ideia de partilha é central na identidade do Clorofila, tanto na forma como o menu foi construído, como no desejo de atrair os locais: não só as pessoas que trabalham naquela zona da cidade, como as muitas que ali vivem. O Clorofila quer ser um ponto de encontro para todas elas. Quer ser parte da comunidade. Daí a ideia de dar oportunidade aos clientes habituais de escolherem o prato do dia de sexta, mas também o facto de haver um menu de buffet ao almoço, que permite que as pessoas partilhem uma refeição de forma rápida e informal – custa 18,50 sem bebidas incluídas. Já ao jantar, os comensais poderão optar por um menu de sugestão do chef que inclui entrada, prato principal, sobremesa, bebida e café, por 33 euros.

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Para quem preferir escolher à la carte, vai encontrar um menu com as seguintes categorias: Partilha, que se subdivide em Curiosos e Esfomeados, Saudável e Egoísta. Ou seja, as categorias de entrada e prato principal foram obliteradas, transformando (quase) todos os pratos em opções válidas como entradas ou prato principal: música para os ouvidos de quem adora fazer uma refeição composta por várias entradas – no Clorofila isso não só é permitido como é encorajado. No outro ponto do espectro, estão os pratos que requerem duas bocas para serem consumidos até ao fim, como é o caso do ossobuco estrugido em cozedura lenta com batata rústica e legumes assados, que tivemos oportunidade de experimentar e que nem com a ajuda de duas pessoas fomos capazes de terminar – e isto, apesar de nos ter sido servida uma versão meia-dose, que não existe na lista.

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Se não conseguimos acabar o ossobuco, a culpa foi mesmo do chef Celso Dias que, antes disso, decidiu empanturrar-nos: guiozas com guacamole; hot bowl de quinoa, salmão, amendoim torrado, espinafres camarão e mousse de cenoura; timbale de bacalhau e cavala com mousse de batata doce e pimentos assados; caçarola oceânica com molhadinho de arroz e espuma de hortelã. No fim, ainda provámos duas sobremesas: leite-creme tostado com sorbet de mojito e areia crocante; e manjerico de pistachio com ganache de lima – não fique alarmado quando lhe servirem o que se assemelha a um vaso de barro e fique sabendo que é tudo para comer.

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O Clorofila oferece o que promete: um refúgio no centro da cidade. Quem vê de fora, não imagina que, lá dentro, encontrará um enorme pátio interior – o Fotossíntese – com canteiros e espelhos de água e, claro, mesas e cadeiras para aproveitar o sossego. E imagina ainda menos que, à noite, as paredes deste pátio se transformam num palco vertical. Vale a pena conhecer.

Onde: Rua Sousa Martins 20, 1050-217 Lisboa Horário: Aberto todos os dias. Almoço das 12h30 às 15h e jantar de domingo a quinta das 19h30 às 22h, e sexta e sábado das 19h30 às 23h Reservas: 210 540 416

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