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O verdadeiro White Lotus. Das locations paradisíacas aos preços exorbitantes das suítes

De Maui, no Havai, cenário da primeira temporada, a Taormina, na Sicília, palco da segunda, quais os cenários da série que de facto existem e quanto custa dormir neles.

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22 de dezembro de 2022 | Rita Silva Avelar

Não sabemos dizer se é o guarda-roupa, a performance, o argumento ou os cenários que fazem de The White Lotus, da HBO, a série mais popular do momento, mas os últimos em muito contribuem para o adensar do mistério que a obra-prima visual de Mike White (realizador e criador) representa.

Na primeira temporada, são os cenários paradísiacos do resort tropical em Wailea, Maui, uma ilha no Havai, que nos piscam o olho. Foi nas suítes e nos recantos do Four Seasons Resort Maui que a exuberante e egocêntrica Tanya McQuoid (Jennifer Coolidge) encontrou coragem para jogar as cinzas da mãe ao mar, que Armond (Murray Bartlett), o general manager do hotel, entrou numa espiral de loucura ou que a família Mossbacher se foi desconjuntando, para voltar a unir - sem revelar mais spoilers. Trama à parte, os cenários azuis e tropicais deste hotel icónico são para lá de estonteantes e fazem-nos soltar suspiros entre episódios.

Four Seasons Resort Maui.
Four Seasons Resort Maui. Foto: Four Seasons Resort Maui

De 1 para 2 de janeiro de 2023, verificámos que o quarto mais barato do Ritz Maui é o Mountain Side Room, que custa €1966 por noite, para duas pessoas. Já a suíte executiva com vista para o jardim - aquela que está no centro do conflito entre o casal Patton e a direção do hotel - existe mesmo e custa €3229 por noite. Se subirmos de nível, e já que se comparam suítes nesta primeira temporada, a Oceanfront Prime Suit custa cerca de €12000 a noite. E sim, a canoagem, o mergulho e as experiências de spa existem (bom, talvez não tão holísticas como as que Tanya experimentou, nem tão personalizadas, por mais luxuosas que sejam; escusado será dizer que os terapeutas também não se levam a jantar). 

Se passarmos para a segunda temporada, estamos perante um verdadeiro sonho siciliano. Os tons arenosos e azuis do sul de Itália são apaixonantes, e nem mesmo por estarms a ver um thriller cheio de enredos e tensões se dissipa a vontade de viajar até Taormina, cidade no topo da colina na costa leste da Sicília. A lenda da cidade, que tem um vulcão ativo e fica perto do Monte Etna, existe mesmo. Falamos da Testa di Moro, figura retratada em vários pormenores, sobretudo em bustos espalhados pelas suites dos hotéis que são cenário desta segunda temporada. A lenda de 1100 fala sobre amor, crime e adultério - temas que atravessam toda a série - e que dão um certo lado gótico e vingativo à história. As traições, aliás, estão no centro da história. 

É em San Domenico Palace, em Taormina, que se desenrola o argumento. Seguimos as viagens dos hóspedes  pela cidade, por isso temos acesso a sítios mais remotos desta zona de Itália, a província de Messina. Mais uma vez, o hotel onde tudo acontece existe mesmo e faz parte do grupo Four Seasons, contando com dois edifícios históricos. A Ala Jardim é um antigo convento do século XV com um claustro, e a Ala Grand foi adicionada em 1896, ambas aparecem nas filmagens. O hotel só já disponibiliza datas a partir de março de 2023, com preços a começar nos €1200 por noite (para duas pessoas). Quase podemos imaginar a frustrada Valentina nos balcões do hall do hotel, tão idênticos que estão aos da série, pois pouquíssimos detalhes foram alterados. Uma curiosidade final? A Villa Tasca, em Palermo, que Daphne alugou sem Harper saber, existe mesmo, fica a quatro horas de Noto, e os cenários são igualmente deslumbrantes. 

A Villa Tasca, em Palermo, que Daphne alugou sem Harper saber, existe mesmo, fica a 4h de Noto.
A Villa Tasca, em Palermo, que Daphne alugou sem Harper saber, existe mesmo, fica a 4h de Noto. Foto: Villa Tasca, Palermo.

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