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Open House Lisboa: 69 edifícios emblemáticos para descobrir em família

Entre 14 e 15 de maio, a capital lisboeta abre as suas portas aos olhares curiosos do público. Residências privadas, igrejas, palacetes, galerias, mosteiros... o dificíl será escolher por onde começar a visita.

Foto: Filipe Pombo
03 de maio de 2022 | Ana Filipa Damião
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Quantas vezes passeou pelas ruas de Lisboa sem olhar exatamente por onde anda? Ou se viu fascinado pelos detalhes intricados dos edifícios que decoram os passeios da capital? Numa ótica de descoberta de uma cidade desconhecida para muitos, nasceu o Open House Lisboa (OHL), um fim de semana dedicado ao design e à arquitetura de locais escondidos do olhar público, de igrejas a residências particulares. A 11ª edição, que acontece a 14 e 15 de maio, reúne cerca de 70 locais para conhecer em Lisboa e Almada, sendo que 40 destes nunca foram abertos ao público, algo que marca o evento deste ano, como revelou à Máxima Sérgio Antunes, um dos membros da Aurora Arquitetos, o atelier responsável pela programação e curadoria do roteiro.

Foto: Filipe Pombo
Foto: Francisco Nogueira

Durante dois dias, o Open House Lisboa promove uma aproximação à "arquitetura e ao desenho do espaço de referência que sustentam uma cidade vibrante". A ideia é explorá-la dentro e fora de portas, algo que o tema A Rebeldia do Invisível transparece na perfeição. Resguardados por uma fachada exterior que pretende preservar a identidade coletiva lisboeta, encontram-se interiores surpreendentes. Tratam-se de edifícios que não saltam à vista, explica Antunes. "A relação exterior-interior tem feito com que gradualmente, nalguns casos, estes locais se tornem aves raras. São muito anónimos por fora, mas muito exóticos por dentro, muito especiais. As mudanças sociológicas que acontecem na cidade não se refletem nas fachadas dos prédios", explica o arquiteto.

Foto: Elia Diez Robertson
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A programação inclusiva conta com atividades para toda a família: visitas guiadas ao interior dos edifícios, roteiros temáticos, percursos urbanos a pé acompanhados por especialistas, um passeio sonoro (orientado por uma narração que pode descarregar para o telemóvel), atividades júnior, eventos Plus (concertos, performances, worskhops, exposições) e ainda um programa de acessibilidade adaptado a indivíduos cegos ou com baixa visão, surdos ou com deficiência cognitiva, com visitas ao Palácio Sinel de Cordes e à casa Fernando Pessoa. As visitas são todas gratuitas, algumas com reserva prévia, e com três formatos à escolha: livres, acompanhadas por especialista ou por voluntários.

Foto: Ines dOrey
Foto: Ines dOrey

Artes de (Car)pintar, nas Carpintarias de São Lázaro promete ser uma atividade educativa para os mais novos (é necessária marcação prévia, até 10 crianças mais adulto). Já o Splash, um evento Plus, terá lugar na Galeria Mono, onde irá descobrir uma exposição dedicada a novas formas de pinturas. 

Coube ao artista Daniel Blaufuks presentear-nos nesta edição com o passeio sonoro de tom intimista do Cais do Sodré ao Rossio, que o irá acompanhar por uma Lisboa feita de arquivo de recordações cristalizadas com nitidez fotográfica (disponível no SoundCloud e no Spotify do Open House Lisboa). Conte também com cinco percursos urbanos (60 a 90 minutos) pela capital, acompanhados por Flávios Lopes, Joana Stichini Vilela, Lucinda Correia e Vítor Belanciano, e por Paula Melâneo em Almada.

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Locais que não podemos perder? "Ui, essa é uma pergunta difícil" responde Sérgio Antunes. "Acho que uma coisa interessante no OHL são os edifícios que normalmente não estão abertos ao público, como residências particulares." Por outro lado, temos aqueles que, sendo públicos, continuam proibidos a visitantes, como o Tribunal Constitucional. O arquiteto aconselha ainda uma visita ao Palácio do Loreto ou ao Apartamento Chagas. Mais informações disponíveis aqui.

Foto: FG+SG Fotografia de Arquitectura
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