Todos os anos, os países europeus tomam medidas para melhorar a mobilidade e as condições de vida dos seus cidadãos, medidas estas que que podem ir desde a construção de rampas nos edifícios públicos até à melhoria da rede metropolitana da capital. E é também todos os anos que algumas cidades são premiadas pelos seus feitos com o Prémio Cidade Acessível, sendo que o Porto está na lista de 2022.
Assim, e a propósito do Ano Europeu do Transporte Ferroviário, a Comissão Europeia atribuiu-lhe uma menção especial pelo aperfeiçoamento das suas estações ferroviárias. "Queremos ver mais pessoas a utilizar os caminhos de ferro, pois são um dos meios de transporte mais ecológicos e mais seguros", afirmou Adina Valean, comissária dos transportes da UE. "Todos devem poder andar de comboio com facilidade. O Porto fez melhoramentos notáveis no seu sistema ferroviário e no sistema de metropolitano, para as pessoas com deficiência os poderem utilizar. Por exemplo, dispõe de veículos e estações de metropolitano cada vez mais acessíveis, bem como de avisos sonoros e equipamento adaptado em toda a sua rede. Espero que muitas outras cidades sigam este exemplo."
Já no topo da lista ficou Luxemburgo, que adotou o "design universal" para facilitar o acesso a todos, incluindo pessoas com deficiência. Alguns exemplos das soluções inovadoras são os autocarros de piso rebaixado equipados com rampas e os anúncios visuais e sonoros nos autocarros e nas paragens de autocarro. Além disso, faz chegar a todos a informação sobre decisões políticas, sendo que as principais reuniões do conselho são interpretadas em língua gestual, para além da língua falada e da transcrição acessível.
Em segundo e terceiro lugar ficaram ainda Helsínquia, na Finlândia, e Barcelona, em Espanha. Lovaina, na Bélgica, e Palma, em Espanha, receberam igualmente uma menção especial.
Organizado pela Comissão e pelo Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência, o prémio foi criado em 2010 com o intuito de sensibilizar a opinião pública para o problema das pessoas com deficiência (são cerca de 87 milhões na UE) e promover iniciativas destinadas a melhorar a acessibilidade nas cidades europeias com mais de 50 mil habitantes.