A Porsche escolheu as Cataratas do Niágara, um parque eólico chinês e uma fazenda solar na Alemanha para apresentar o seu primeiro carro desportivo totalmente elétrico, destacando o papel do novo Taycan em tornar a Volkswagen na líder global em vendas de veículos movidos a bateria.
Depois de um começo turbulento do e-Tron, da Audi, também controlada pela Volkswagen, o Taycan, com a versão top Turbo S por 185 mil dólares, é, por enquanto, o símbolo do enorme esforço da Volkswagen para superar a Tesla, a pioneira em carros eletrónicos. Os primeiros modelos foram apresentados em eventos simultâneos nos seus três maiores mercados.
"É um verdadeiro Porsche", salientou o presidente da marca, Oliver Blume, durante o evento na Alemanha, que revelou uma versão branca do sedã. "Mas é diferente de tudo o que fabricámos nos últimos 70 anos. A Porsche está a posicionar-se para um futuro sustentável."
Apesar de toda a sua força de engenharia como a maior fabricante do mundo, a Volkswagen enfrentou desafios para segurar a marcha da Tesla. A estreia do e-Tron, que compete com o utilitário desportivo Model X, foi marcada por atrasos e um recall. Enquanto isso, o presidente da Tesla, Elon Musk, decidiu apostar numa faixa de preços mais barata com o Model 3, que começou a ser vendido na Europa este ano e cuja produção começa em breve na China.
Versões mais caras
Como a Tesla com o Model 3, a Porsche está a lançar versões mais caras do Taycan primeiro, começando com o Turbo S e o Turbo, que será vendido por 150,9 mil dólares. A versão básica do carro deve custar menos de 100 mil dólares, e um derivado do Gran Turismo começará a ser vendido no fim de 2020.
O carro vai gerar uma "boa margem" com as versões mais sofisticadas, disse Blume numa entrevista à Bloomberg TV. Os retornos não serão tão altos quanto em outros modelos, "mas isso é um começo para a mobilidade eletrónica".