Um dos detalhes mais fascinantes deste modelo é que em vez do símbolo Spirit of Ecstasy, a estatueta de prata tradicionalmente usada em veículos Rolls-Royce, está um dos símbolos associados à rainha, uma escultura de prata de São Jorge num cavalo, empoleirado sobre um dragão morto, uma obra de arte feita por Edward Seago, o falecido artista inglês, em 1952, mesmo ano em que a rainha ascendeu ao trono. Uma peça que pode ser transferida de carro para carro.
O interesse pela Rolls-Royce começou em 1949, quando o duque de Edimburgo conduziu um Bentley com um motor Rolls-Royce e ficou impressionado. A partir daí, a procura por um Rolls-Royce para a rainha conduziu a este modelo. Com uma premissa: que fosse o melhor carro do mundo, com todos os luxos a que uma rainha tivesse direito. O primeiro modelo do Phantom IV foi entregue à então princesa em 1950, e aquando da sua coroação tornou-se num dos carros oficiais do Estado. Até essa altura, quase todos os veículos reais eram Daimlers ou Lanchesters. A prova de que já nessa altura a rainha era visionária, uma qualidade que Carlos III homenageia agora, a manter o carro como um dos seus veículos de deslocação.