"A pergunta é esta: será a Tesla a Blackberry ou a Samsumg?", a analista Katy Huberty da companhia de serviços financeiros Morgan Stanley, coloca em aberto a questão no webcast organizado pela empresa a 29 de dezembro, de acordo com o Bussiness Insider.
Isto porque se a Apple estiver prestes a entrar no setor automóvel, com o seu próprio veículo elétrico e autónomo movido a inteligência artificial, como a Reuters e vários meios avançaram no final de 2020, o mais certo é encontrar na Tesla a sua principal concorrente.
Nesse caso, como se irá comportar a empresa de topo de Elon Musk fundada em 2003 e avaliada em biliões de dólares? Nos anos 2000, mais precisamente a 29 de junho de 2007, com a chegada do iPhone ao mercado tecnológico, duas das grandes empresas dominantes no setor reagiram de forma distinta. A Blackberry, líder na área e com um futuro demasiado promissor perdeu completamente o mercado para que trabalhava, já a sul-coreana Samsung com o sistema operacional Android seguiu em força com a maior oposição possível – até aos dias de hoje.
Para a Morgan Stanley, a companhia de Elon Musk terá tudo para se parecer mais com uma oposição ao estilo Samsung "Penso que existe um cenário em que tanto a Tesla como a Apple possam ser bem-sucedidas anos a fio", adianta Huberty.
Se já está a contorcer-se na cadeira de tanta excitação, contenha-se um pouco. É que, apesar de tudo, os analistas financeiros da Morgan Stanley admitem que a estreia da Apple no mercado dos transportes é ainda um projeto com um futuro difícil de precisar.
A empresa fundada por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne em 1976, nos EUA, estará desde 2014 a planear o iCar – ninguém nos disse o nome, mas é o caminho mais óbvio. O atual CEO,Tim Cook, terá dado nesse ano a ordem para iniciar o projeto "Apple Car", mas pouco se sabe ao certo.
Falam-se em testes e mais testes e parcerias nunca confirmadas (como com a BMW ou Mercedes). Tudo sempre envolto num secretismo muito à Apple. Os planos para o lançamento mais entusiasmante de sempre parecem, contudo, apontar só mesmo para 2024, mas quem sabe?