Rolex e automobilismo. A relação não é imediata, mas para quem acompanha corridas de automóveis ou está atento às últimas novidades da relojoaria, a conversa é outra. Desde o início do século XX que a marca suíça está envolvida nos melhores eventos de motor racing do mundo, como a Rolex 24 Horas de Daytona, que celebra o seu 60º evento a 29 e 30 de janeiro.
Como pioneira do patrocínio, a Rolex tem apoiado as provas na Daytona International Speedway, na Florida, EUA, desde a abertura da pista em 1959, mas a sua ligação com as prestigadas corridas é ainda mais antiga. Na década de 30, estabeleceu uma parceria com um dos pilotos mais rápidos de sempre, Sir Malcolm Campbell. Em 1935, o piloto bateu o recorde de velocidade terrestre dos 300mph (482km/h) ao volante do seu carro Bluebird com um Rolex no pulso, em Bonneville, Utah. No total, Sir Malcolm registou nove recordes mundiais de velocidade entre 1924 e 1935, cinco dos quais foram em Daytona Beach. Foi uma verdadeira época de ouro para a praia, que passou a ser conhecida como o local de nascimento da velocidade. Décadas mais tarde, em 1992, a marca tornaria-se a patrocinadora oficial da 24 Horas de Daytona.
Um pouco de história…
Os relógios da Rolex são reconhecidos mundialmente pela sua robustez, fiabilidade e tecnologia de ponta, qualidades que prevalecem com a passagem do tempo. No início do século passado, o relógio era visto como apenas um acessório de pulso, frágil e de uso limitado. Porém, Hans Wildsdorf, fundador da marca, estava determinado a criar produtos que se adaptassem a estilos de vida mais ativos. Em 1926, nascia o primeiro relógio de pulso à prova de água do mundo, o Oyster. Mais do que um marco para a empresa, foi o início de uma relação duradoura com diversos desportos - mergulho, automobilismo, iatismo, exploração e aviação.
Durante mais de 80 anos, a da presença Rolex no motor racing tem crescido de forma constante. Em 1963, lançaria o icónico Oyster Perpetual Cosmograph e, anos mais tarde, acrescentaria a palavra "Daytona" ao mostrador. Em 1968, iniciar-se-ia a parceria com Sir Jackie Stewart, três vezes Campeão Mundial de Formula 1 e embaixador da Rolex. O Campeonato Mundial de Formula 1, cuja primeira edição acontece em 1950, é a competição anual de automobilismo mais prestigiada de sempre. Em homenagem à história do automobilismo, a fabricante suíça é desde 1997 a relojeira oficial do Pebble Beach Concours d'Elegance, uma exposição de carros clássicos, e apoia a Rolex Monterey Motorsports Reunion desde 2001. Está igualmente associada ao Goodwood Revival no Reino Unido, um evento dedicado aos automóveis de corrida das décadas de 40, 50 e 60, desde 2004.
E como não poderia deixar de ser, a Rolex é ainda parceira do Campeonato Mundial de Resistência da FIA (Federação Internacional do Automóvel), lançado em 2012, bem como das três provas mundiais que vieram a formar a Tripla Coroa das corridas em questão – a 24 Horas de Daytona, as 24 Horas de Le Mans e as 12 Horas de Sebring – derradeiros testes de performance humana e técnica. O campeonato é organizado pela Automobile Club de l'Ouest e sancionado pela FIA.
É também a marca de relógios oficial das 24 Horas de Le Mans, a mais antiga das provas, desde 2001. É o exemplo perfeito dos valores base da fabricante de relógios – prestígio, durabilidade e dedicação. Desde a sua estreia, em 1923, que o circuito francês é constituído por 13,626 km de pista fechada combinados com autoestradas públicas. Tom Kristensen, nove vezes vencedor da Les Mans e seis vezes da 12 Horas de Sebring, é apenas um dos vários embaixadores da Rolex. A ele juntam-se Mark Webber, nove vezes campeão do Formula 1 Grand Prix e campeão mundial de resistência da FIA em 2015 e Nico Rosberg, campeão mundial de Formula 1 em 2016.
"Persistência, empenho humano e trabalho de equipa são algumas das principais sinergias entre a Rolex e as corridas de resistência. Durante uma corrida de 24 horas, deve sempre esperar o inesperado e estar no seu melhor fisicamente e mentalmente. As qualidades mais importantes a mostrar ao volante são velocidade, fiabilidade e determinação. É importante conduzir rápido e ser consistente ao mesmo tempo, mantendo-se sempre alerta. Eventos como as 24 Horas de Le Mans exigem o mais alto nível de preparação e desempenho dos condutores, equipas e carros, o que ecoa na cultura e procura da perfeição da Rolex", afirmou Tom Kristensen.
Voltando ao que nos interessa…
A Tripla Coroa das corridas de resistência inclui provas extramente desafiantes, que exigem o nível máximo de concentração e perícia dos pilotos. Desde a abertura da Daytona International Speedway, a prova é realizada numa pista tri-oval fechada de 5,73km. Devido ao tempo de duração, cada equipa tem vários pilotos que vão trocando ao volante. São cerca de 800 voltas, mais de metade realizada durante a noite. Outra característica que torna a prova inesquecível é o facto de, em 2022, correrem no total 61 automóveis de 5 categorias diferentes - a DPi (Daytona Prototype international), a LMP2 (Le Mans Prototype 2), a LMP3 (Le Mans Prototype 3), a GTD PRO (GT Daytona Pro) e a GTD (GT Daytona).
A equipa vencedora de Daytona, bem como de Les Mans, recebe um Oyster Perpetual Cosmograph Daytona especialmente gravado para a ocasião, um símbolo de estatuto e excelência. É a representação máxima do compromisso da Rolex para com a procura da inovação e melhora contínua. Até à data, a marca registou mais de 500 patentes no decurso da sua história, projetando, desenvolvendo e fabricando todos os componentes essenciais dos seus relógios, desde o molde das ligas de ouro aos mecanismos internos.
Atualmente, a coleção profissional engloba o Oyster Perpetual Explorer e Explorer II, o Sea-Dweller, o Deepsea, o Submariner e Submariner Date, o Yacht-Master e o Yacht-Master II, o Cosmograph Daytona, o GMT-Master II, o Air-King e o Milgauss (criado para cientistas e engenheiros).