A história atribulada deste quadro, pelo que se sabe, começa em 1951, quando o negociante de arte Percy Moore Turner deixou a obra "Head of a Bearded Man" ao museu Ashmolean, em Oxford. Na altura, acreditava-se que se tratava de uma obra de Rembrandt, no entanto, em 1981, concluiu-se o contrário, como apurou o The Guardian.
A conservadora de arte An Van Camp revelou ao jornal que o Rembrandt Research Project viu o quadro ao vivo, decidiu que era falso e considerou a possibilidade de se tratar de alguém a imitar a técnica de pintura de Rembrandt, e que provavelmente teria sido feito no final do século XVII, ou seja, nem teria sido feito enquanto o artista era vivo.
Van Camp começou a trabalhar no museu em 2015, e começou a suspeitar que talvez o quadro "falso" pudesse ser verdadeiro. foi então que pediu que fosse analisado por Peter Klein, especialista no método científico de descobrir a idade de uma árvore, e concluiu-se que a pintura, feita sobre painel de madeira, partilhava a madeira da mesma árvore de outro quadro do artista, "Andromeda Acorrentado às Rochas", e "Retrato da Mãe de Rembrandt" de Jan Lievens, um amigo de infância que muitas vezes trabalhava com Rembrandt. Ambas foram pintadas por volta de 1630, em Leiden, na Holanda.
A investigação indica que a obra é pelo menos da oficina do artista, no entanto, vão ser feitos mais estudos para determinar se é de facto um trabalho do pintor ou não.
O museu Ashmolean e a exposição "Jovem Rembrandt", organizada por An Van Camp, reabriram a 10 de agosto.