Até ao fim do ano, as galerias de Lisboa - umas conhecidas e outras recém estreadas - são palco de inúmeras exposições de arte, com artistas portugueses e internacionais. Destacamos três.
We Are Also The Ghosts, de Catarina Mil-Homens, na UMA LULIK__
A nova exposição da artista plástica explora as dinâmicas da corporeidade, em linha com a investigação que tem vindo a desenvolver sobre a mente humana, explorando as relações mente/corpo.
Investigadora e artista plástica muiltidisciplinar, as obras de Catarina Mil-Homens expressam-se em desenho, instalação e vídeo, focando-se sempre nas questões relacionadas com o paradigma matéria/não matéria, intrínseco à condição do ser humano. Mil-Homens participou em diversas exposições ao longo dos anos, das quais se destacam, recentemente, a Sobre a Lâmina (2019), exposição a solo na Galeria UMA LULIK__, a Intermater (2017), na Arcade Project Space em Melbourne, Austrália, e a Precinct (2016), na Margaret Laurence Gallery, também em Melbourne.
Exposições individuais e coletivas, na Jahn und Jahn e Encounter
Duas galerias de arte contemporânea numa só morada. É esta a proposta da Jahn und Jahn e Encounter, cujas portas abriram ao público recentemente, a 22 de setembro, e que procuram cativar a atenção do mercado internacional de arte em Lisboa, trazendo um programa consistente e regular à capital portuguesa, sem esquecer a extensão dos programas que já têm na Alemanha e no Reino Unido, respetivamente. Ambas as galerias encontram-se, assim, num prédio junto ao jardim da Estrela, que conta com seis salas expositivas, um project space, duas viewing room e ainda um jardim de esculturas, uma área ampla.
A Encounter arranca com exposições individuais de dois artistas internacionalmente conhecidos. Por um lado, o trabalho de Antony Cairns (até 20 de novembro) relaciona-se com a história da reprodução fotográfica, com os métodos experimentais de impressão e com a estética da abstração, com recurso à paisagem urbana. Por outro, a arte da brasileira Vanessa da Silva (até 30 de dezembro) combina escultura, instalação e performance, focando-se em questões de migração, deslocamento e formação de identidade. As suas esculturas Muamba Groove estarão no jardim até 20 de novembro.
Numa ótica oposta, a Jahn und Jahn estreia o novo local com uma exposição coletiva temporária (até 20 de novembro), com obras de Heinz Butz (Alemanha), Fernanda Fragateiro (Portugal), Imi Knoebel (Alemanha) e Kirsten Ortwed (Dinamarca), e diversos métodos artísticos, da pintura à instalação. Chama-se "14 Rooms". Paralelamente, o jardim da galeria terá também uma instalação de Navid Nuur, fomentando o diálogo com o programa internacional da Jahn und Jahn em Munique. As galerias irão também colaborar na programação do project space, que irá dialogar com artistas locais e internacionais. A portuense Dayana Lucas é a primeira convidada.