Um grupo de garoupas a acasalar, pela lente de Laurent Ballesta. Foi esta a imagem vencedora na categoria de Wildlife Photographer of the year 2021 (Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano de 2021), nos prémios organizados pelo Museu de História Natural de Londres. A fotografia mostra três garoupas camufladas numa nuvem feita de ovos e esperma. Durante cinco anos, o fotógrafo francês e biólogo subaquático Laurent Ballesta e a sua equipa foram com frequência à lagoa de Fakarava na Polinésia Francesa, onde foi tirada esta fotografia, mergulhando dia e noite para assistir à desova anual da garoupa.
"A imagem funciona a muitos níveis. É impressionante, enérgica e intrigante, e tem uma beleza extraterrestre. Também capta um momento mágico, uma criação verdadeiramente explosiva de vida", afirmou Rosamund Kidman Cox, presidente do júri do concurso e editora da Wildlife Magazine. "No que poderia ser um ano crucial para o planeta, com discussões vitais na COP15 e COP26, a criação de Laurent Ballesta é um lembrete do que podemos perder se não abordarmos o impacto da humanidade no nosso planeta".
Por sua vez, o jovem Vidyun R Hebbar ganhou o prémio de Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano de 2021. O rapaz indiano, que tem participado no concurso nos últimos dois anos, ganhou o prémio com uma imagem de uma aranha suspensa numa teia, captada na cidade de Bengaluru.
"É uma forma muito imaginativa de fotografar uma aranha. Está perfeitamente enquadrada, o foco é perfeito. Pode-se ver as presas da aranha e a teia da sua armadilha. Mas o que é realmente inteligente é a adição de um cenário criativo: as cores brilhantes [da fotografia]", observou Rosamund Kidman Cox.
Foram submetidas 50.000 fotografias de 95 países. As 100 imagens seleccionadas estarão em exposição no Museu de História Natural em Londres a partir deste mês.