A 20 de janeiro inauguram, na Underdogs, as exposições de Halfstudio “A Journey” e de Tobias Gutmann,“I can do that too!”, que abordam temáticas contemporâneas ligadas à complexidade da condição humana.
13 de janeiro de 2023 | Rita Silva Avelar
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Uma das galerias mais cool e dinâmicas da cidade, a Underdogs, estreia duas exposições dedicadas a um dos temas mais complexos de sempre: a condição humana. No espaço principal da Galeria, o regresso do coletivo português Halfstudio "explora o conceito de jornada na sua dimensão enquanto processo de concretização", e no espaço Cápsula, o artista suíço Tobias Gutmann "propõe uma experiência que desafia a autoperceção e questiona a nossa relação com a tecnologia e a inteligência artificial", lê-se no comunicado das exposições.
A primeira, um projeto de Mariana Branco e Emanuel Barreira feito a partir sobretudo delettering e sign painting, chama-se "A Journey" e vai pedir a intervenção do visitante, convidando-o a experienciar, viver e reviver sentimentos, emoções e estados de espírito, através de um mapeamento demarcado em vinil no chão, "que indica uma trajetória que ilustra as fases por que passamos para chegar à concretização de uma ideia, de um sonho ou de uma transformação, abarcando tanto uma dimensão pessoal como universal". Os artistas criaram peças únicas que espelham a linguagem visual e criativa característica deste coletivo, "usando letras volumétricas e layouts dinâmicos com cores vibrantes e mensagens impactantes que nos revelam a natureza e o tom das diferentes fases da jornada."
No caso da segunda, a primeira mostra individual do artista suíço Tobias Gutmann, é feita a partir de inteligência artifical, através do Sai Bot, um robot que produz retratos em tempo real (tendo como base os milhares de desenhos que o artista tem criado desde 2012 no âmbito do seu projeto Face-o-mat). "O visitante que desejar ser desenhado pelo Sai Bot senta-se à sua frente e entra numa interação pessoal com o robot, que fala, fazendo perguntas enquanto processa traços e características, interpretando-os de forma abstrata". Um desafio total, que convida à introspeção e ao estímulo da interpretação pessoal. Tobias Gutmann já passou por instituições como o Centre Pompidou em Paris, o Museu Haus Konstruktiv em Zurique e o MUDAM no Luxemburgo.