Quando acabou os estudos, Andy Gotts, emblemático fotógrafo londrino, estagiou com alguns dos mais conceituados nomes da área como David Bailey e Lord Snowdon. Com eles aprendeu sobreutdo como queria trabalhar, longe do glamour dos shootings de Moda intermináveis, com extensas equipas repletas de assistentes.
Andy percebeu que preferia fazer retratos sozinho, sem nenhum assistente, e fotografar as pessoas enquanto conversavam, como dois conhecidos que partilham experiências, usando fundos neutros. A sua preferência pelo preto e branco evidencia-se através dos detalhes de expressão, assim como a luz, inspirada em grandes mestres da pintura como Caravaggio ou Rembrandt, ou mestres do cinema como Alfred Hitchcock e David Lean.
Outra das características do artista é a sua aversão ao retoque de imagens com Photoshop , o que já lhe valeu algumas recusas de personalidades a serem fotografadas por si e mostrar-se como são.
Gotts começou a ser conhecido nos anos noventa ao pedir a Stephen Fry se o podia fotografar. Nos 90 segundos que lhe foram concedidos o fotógrafo fez o clique que lhe abriu o caminho para outras tantas celebridades, que através do passa a palavra foram descobrindo o seu trabalho e abordagem.
Este mês, o fotógrafo inglês inaugurou a exposição Icons na galeria Maddox, em Londres, a propósito do lançamento de um livro com o mesmo título, onde reúne algumas das suas fotografias de eleição, bem como as suas folhas de contacto destes 30 anos de profissão. Alguns dos mais consagrados nomes da indústria do cinema, música ou moda fazem parte desta mostra onde vemos os rostos e as expressões dos ícones, tal como eles são.