Shelley Duvall, The Shining (1980)
Shelley Duvall era uma jovem atriz quando conseguiu o papel de Wendy Torrance no filme de terror The Shining, de Stanley Kubrick.
Contudo, Duvall recorda as gravações como uma experiência extremamente difícil. Segundo um artigo do site People, o realizador Stanley Kubrick ofereceu-lhe o papel ainda antes de existir um guião, apenas porque era "boa a chorar".
A norte-americana confessou que costumava ouvir música triste ou pensar em coisas tristes para provocar o choro mais facilmente antes de cada cena. A personagem de Duvall estava sempre sob imensa pressão, terror e exaustão, e Kubrick tentava retirar ao máximo estas emoções da atriz, obrigando-a a refazer os takes várias vezes, criando um grande desgaste emocional e físico.
Sean Connery, Liga de Cavalheiros Extraordinários (2003)
Sean Connery, já falecido, era conhecido por interpretar James Bond entre 1960 e 1980, reformou-se oficialmente em 2003, depois das gravações do filme Liga de Cavalheiros Extraordinários. Tal decisão deveu-se à tensão que havia entre Connery e o realizador, Stephen Norrington, fruto dos vários adiamentos das filmagens, para além que os dois tinham visões artísticas bastantes diferentes.
O ator anunciou que não iria atuar mais na noite em que recebeu o prémio AFI Life Achievement Award, referindo que agora havia "idiotas a fazer filmes em Hollywood".
Mara Wilson, Matilda (1996)
Como acontece regularmente na indústria cinematográfica, Mara Wilson começou a sua carreira muito nova, com apenas 6 anos, na comédia Mrs. Doubtfire. Três anos mais tarde protagonizava Matilda, uma menina com habilidades psicotécnicas.
Estes foram tempos difíceis para Wilson, tendo em conta que a sua mãe morreu de cancro da mama durante as gravações da obra. A atriz acabou por se afastar do estrelato em 2000, tentando a sorte na escrita.
Cameron Diaz, Annie (2014)
Em 2014 estreava mais um remake do musical Annie, desta vez com Jamie Foxx e Quvenzhané Wallis nos papéis principais. Nesta versão, Cameron Diaz vestia a pele de Collen Hannigan, a senhora que estava à frente do orfanato onde vivia Annie.
O filme recebeu más críticas, o que fez com que a atriz conhecida por ser um dos anjos de Charlie nos anos 2000 tomasse a decisão de se afastar do mundo do entretenimento. "Dei mais de metade da minha vida ao público. Sinto que está tudo bem em tirar tempo para mim agora", explicou.
Heather Donahue, The Blair Witch Project (1999)
O thriller de sucesso conta a história de três jovens que desaparecem depois de enveredarem pela floresta de Maryland, nos EUA, para gravar um documentário sobre uma lenda local. Embora tenha sido um sucesso nas bilheteiras, arrecadando 248 milhões de dólares mundialmente, a performance de Donahue foi alvo de críticas contraditórias, tendo sido nomeada como melhor mas também como pior atriz por diversos críticos de cinema.
Nos anos seguintes, Donahue continuou a marcar presença na indústria cinematográfica, mas parou em 2008, tendo sido a obra The Morgue a sua última performance.
"Levei as minhas coisas todas relacionadas com a minha carreira de atriz para o deserto e queimei tudo", terá dito a norte-americana, de acordo com a CNN. Depois de deixar a atuação, Donahue dedicou-se à plantação de marijuana e à escrita.
Daniel Day-Lewis, Linha Fantasma (2017)
Day-Lewis, atualmente com 64 anos, é um ator britânico e irlandês conhecido por empregar uma técnica de atuação denominada "o método", que consiste em imaginar as emoções e os pensamentos das suas personagens para melhor as retratar.
Day-Lewis ganhou dois globos de ouro e dois óscares em 2008 e em 2013 com os filmes Haverá Sangue e Lincoln, respetivamente. A sua última performance foi o Linha Fantasma, de 2017. Segundo o site Stars Insider, o ator sentiu uma profunda tristeza enquanto gravava a obra e não tinha qualquer desejo de ver a versão acabada.
Jake Lloyd, Star Wars: A Ameaça Fantasma (1999)
Jake Loyd, que protagonizava o jovem Anakin Skywalker, tinha apenas 10 anos quando o primeiro episódio da saga Star Wars estreou nos cinemas.
Embora a sua performance tenha sido um sucesso, Loyd não estava feliz com a fama que tinha ganho. Segundo o ator, a razão que o levou a desistir da atuação foi o bullying que sofria na altura pelos colegas de escola devido à sua participação em Star Wars.
Em 2015, Loyd foi preso por exceder o limite de velocidade e fugir à polícia e em 2016 foi diagnosticado com esquizofrenia.
Carrie Henn, Aliens - O Recontro Final (1986)
Aliens - O Recontro Final foi a primeira e última performance de Carrie Henn, que com 9 anos se estreava na sétima arte com o papel de Rebecca Jorden, ou Newt, a única sobrevivente de um massacre levado a cabo por aliens na colónia especial onde vivia.
Em 1987, Henn ganhava o Saturn Award pela "Melhor performance de ator/atriz jovem" e era nomeada para o Young Artist Award. Segundo um artigo do site Stars insider, Henn escolheu não seguir uma carreira em atuação pois odiava estar longe da família. Mais recentemente, a norte-americana participou na série de animação Thunder Island, de L. Ruhland.
Eugene Hackman, Alce Daí, Sr. Presidente (2004)
Recordado como um ícone de Hollywood, Gene Hackman desapareceu do radar no início de 2000. Em 2004, o ator confirmava que não tinha planos para o futuro, depois do fracasso do seu último filme Alce Daí, Sr. Presidente.
Com uma extensa lista de papéis no currículo, Hackman conseguiu a sua primeira personagem, um polícia, na biografia Mad Dog Coll (1961), de Burt Balaban. Ao longo da carreira, o norte-americano ganhou vários prémios, entre os quais estão quatro globos de ouro.