Prazeres / Artes

5 novas e viciantes séries para não sair do sofá

As séries que acabam de chegar às plataformas de streaming aliadas ao prolongamento do confinamento só têm um resultado: maratona. Saudosismo pelo frenesim das cidades? Dilemas morais que nos fazem questionar todas as barreiras éticas? Ou uma viagem pelo mercado negro? Está tudo nestas propostas para ocupar as próximas horas vagas.

Foto: IMDb
26 de fevereiro de 2021 | Joana Moreira
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Your Honor, na HBO

Até onde seria capaz de ir para proteger um filho? É esta a questão que levanta Your Honor, a nova série da HBO. Bryan Cranston – o memorável Walter White de Breaking Bad – é Michael Desiato, um juiz com uma ética incólume. Mas quando o seu filho atropela mortalmente o filho de Jimmy Baxter, o cabeça do crime organizado da cidade, toda a sua moralidade é posta em causa. Com muitas peripécias pelo meio, Desiato faz de tudo para defender o filho, debatendo-se entre o certo e o errado, o bem e o mal. Com ele o espetador também vacila no mesmo limbo de incertezas. Desiato é, de repente, um juiz corrupto ou só um homem que quer ilibar o filho de homicídio?

A série chegou à plataforma a conta-gotas em dezembro, mas já estão disponíveis os dez episódios. E ainda bem, já que a narrativa é de tal forma viciante que não há como não ver tudo de seguida.

Foto: D.R.
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Pretend It’s a City, na Netflix

Se já foi a Nova Iorque, vai querer voltar. Se nunca foi, vai querer ir pela primeira vez. Ver Fran Lebowitz a falar da cidade, ainda mais tendo como interlocutor Martin Scorsese, é ver uma carta de amor televisionada. É uma série documental dividida em sete episódios, em que a escritora revisita histórias da cidade e do seu tempo a viver nela. A conversa entre os dois vai para temas como o capitalismo, o mundo contemporâneo, o wellness ou o amor aos livros, sempre com o humor característico de Lebowitz que muito encanta a Scorsese, a julgar pelas gargalhadas que distribui por toda a série.

São sete episódios cujo ritmo nos leva a consumi-los com facilidade, e em que o ponto de partida e de chegada é o mesmo: Nova Iorque, num saudosismo de quem sabe que há memórias que são irrepetíveis. Para muitos dos que verão Pretend It’s a City, o exercício não é o de recordar, mas de ver aquilo que não viveremos.

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It’s a Sin, na HBO

Está a ser aclamada pela crítica e não é para menos. It’s a Sin, a nova minissérie do britânico Channel 4 que chega a Portugal pela HBO, acompanha um grupo de jovens amigos em Londres, nos anos 80, quando a sida aparece e se infiltra nas suas vidas.

Conhecemos os seus contextos familiares complexos, os seus sonhos, a enorme desinformação em torno de uma doença nova, e conhecemos o enorme preconceito da sociedade da época com a comunidade LGBTQ - que infelizmente não está tão dramaticamente longe dos discursos a que assistimos ainda em 2021. E por isso é que há quem acredite que este é o momento certo para It’s a Sin ocupar os ecrãs.

Há apenas cinco episódios para ver e depois toda uma banda sonora para ouvir vezes sem conta.

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Foto: D.R.

Lupin, na Netflix

E, de repente, estamos a torcer pelo ladrão. É isso que nos faz Lupin, o fenómeno mais recente da Netflix que já destronou La Casa de Papel. A série francesa tem todos os elementos necessários para uma série popular: um protagonista querido do público e uma história misteriosa com o número certo de peripécias para querer sempre saber o que vem a seguir. No centro da trama está Omar Sy – conhecido pelo filme Amigos Improváveis – que, no papel de Assane Diop, é um ladrão que quer vingar a morte do pai, antigo motorista de uma família abastada e corrupta. São apenas cinco episódios e a segunda temporada já foi confirmada.

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Na Rota do Tráfico, no canal National Geographic

É uma das mais entusiasmantes séries que acaba de se estrear no canal National Geographic. A série documental sobre o funcionamento interno dos mercados negros mais perigosos do mundo é conduzida pela jornalista portuguesa, há muito radicada nos Estados Unidos, Mariana van Zeller.

Em cada episódio é explorado um mercado negro diferente, desde o tráfico de droga até ao tráfico de animais, de armas ou de sexo. Viagens para submundos paralelos em que as coisas mais inimagináveis acontecem. Por vezes precisamos de nos lembrar que não estamos perante um filme de ficção americano e que aquelas são imagens reais, e pessoas para as quais aquela é a realidade.

O primeiro episódio foi emitido no dia 13 (repete no próximo dia 27) e por isso é anotar na agenda para não perder nenhum dos seguintes.

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Foto: D.R.
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