Nada permanece igual com o passar do tempo. A tecnologia evolui, as empresas expandem os seus negócios e os empregos que uma vez eram essenciais para o bom desaparecem tal como os conhecemos. Inevitavelmente, o progresso é acompanhado por uma mudança das competências necessárias para vingar no mundo do trabalho, como explica Bernard Marr, escritor e especialista nas áreas do desempenho empresarial, transformação digital, tendências futuras e utilização de dados e inteligência artificial em negócios, no seu novo livro Future Skills: The 20 Skills and Competencies Everyone Needs to Succeed in a Digital World.
Segundo Marr, é essencial cultivar determinadas aptidões transversais críticas, entre elas:
Literacia digital
Como navegar de forma eficiente num oceano do qual nada sabemos? A resposta é simples. Há que aprender sobre ele. E como tal, a literacia digital é essencial, tanto no tempo presente como no futuro. Engloba a capacidade de saber utilizar diferentes dispositivos, softwares e aplicações com segurança e confiança, à medida que nos mantemos a par das novas tecnologias e cientes do modo como estas podem impactar o nosso emprego e o mundo empresarial.
Inteligência Emocional
As máquinas não têm sentimentos, nem mesmo aquelas criadas com a inteligência artificial em mente. Podem ser programadas para "sentirem", mas nunca como um ser humano, é certo. Uma pessoa emocionalmente inteligente está consciente de como as suas emoções podem influenciar o seu comportamento e o dos outros que a rodeiam. Segundo Marr, a empatia – capacidade de se colocar no lugar de outros indivídups – será uma competência essencial daqui a dez anos.
Pensamento Crítico
Numa era em que a sobrecarga de informação e publicação de notícias falsas se tornou quase banal, o pensamento crítico é uma das aptdões mais vitais para o sucesso. É importante, por isso, saber analisar questões e situações com base em provas e não em rumores ou opiniões encontradas nas redes sociais.
Criatividade
Quem diria que a criatividade será uma das habilidades mais procuradas da próxima década? À medida que "entregamos" um maior número de tarefas de rotina às colegas máquinas, haverá mais tempo para colocar em prática o pensamento criativo – apresentar novas ideias, arranjar soluções originais para problemas que assimo o exigem, implementar melhorias na empresa, entre outras tarefas.
Adaptação e flexibilidade
No futuro, teremos de saber lidar com a constante evolução da tecnologia, com a automatização crescente dos empregos e com as consequentes perturbações que estas mudanças terão no mundo do trabalho, avisa Marr no seu livro. Segundo o especialista, a capacidade de adaptação será a chave para se sobreviver e prosperar em tempos de mudança, isto porque indivíduos "flexíveis" são, por norma, bastante curiosos e estarão dispostos a aprender novas competências a fim de agarrar novas oportunidades.