Com a pandemia da covid-19 vários produtos sofreram uma vaga de escassez (lembra-se da saga do papel higiénico?) e a indústria relojoeira não foi exceção. Aliás, várias marcas ainda se encontram com dificuldades em corresponder à oferta que os clientes exigem, como é o caso da Rolex. Tanto que o site Yahoo Finance publicou um relatório sobre a situação da fabricante suíça, o qual mencionava que alguns concessionários adotavam este desequilíbrio entre oferta e procura como uma estratégia de venda. O artigo referia ainda que, por serem vendidos online, os relógios esgotavam-se rapidamente.
Confrontada com o relatório, a Rolex emitiu um comunicado a explicar a situação, algo incomum para a empresa que, até agora, sempre preferiu a discrição relativamente a declarações públicas.
"A escassez dos nossos produtos não é uma estratégia da nossa parte. A nossa produção atual é incapaz de satisfazer a procura existente de uma forma exaustiva, não sem reduzir a qualidade dos nossos relógios – algo que recusamos fazer pois a qualidade dos nossos produtos nunca deve ser comprometida", afirmou.
"Este nível de excelência requer tempo e, como sempre fizemos, continuaremos a tomar o tempo necessário para assegurar que todos os nossos relógios não só cumpram os nossos padrões de excelência, mas também satisfaçam as expetativas dos nossos clientes em termos de qualidade, fiabilidade e robustez", continuou a empresa.
No comunicado, a fabricante afirma que os seus produtos são produzidos apenas em quatro locais, na Suíça, onde as peças são agregadas manualmente com extremo cuidado. Por essa razão, "isto restringe naturalmente a capacidade de produção – que continuamos a aumentar tanto quanto possível e sempre de acordo com os nossos critérios de qualidade", declarou. Além disso, os produtos são exclusivamente vendidos nos retalhistas oficiais, que têm autorização para decidir como é que estes são distribuídos pelos clientes.