Estilo / Relógios e Jóias

Patek Philipe lança uma nova coleção pela primeira vez em 25 anos

Em 1999, a marca lançou a sua última coleção, a Twenty~4. Para atender às necessidades quotidianas do presidente atual, a marca apresenta "Cubitus".

Foto: @Patek Philipe
Ontem às 16:52 | Lara Duarte / Com Rita Silva Avelar
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Em 2021 a Patek Philipe anunciou que deixaria de produzir o modelo 5711, agitando o mundo da alta-relojoaria. Este era um dos bestsellers da empresa, ainda familiar e independente, e a partir desta decisão facilmente se percebe que a Patek Philipe não tem receio de descontinuar um modelo que ache já não servir a marca, independentemente da riqueza que possa perder. Trata-se de um acordo de confiança com os clientes, que esperam o melhor e mais exclusivo modelo de relógio.

Normalmente as relojoeiras lançam novas coleções a cada cinco anos, mas a Patek Philipe está desde 1999 sem lançar nenhuma. Diz-se que quem procura um relógio desta marca está a procurá-lo para a próxima geração, pela sua exclusividade, e foi exatamente esse tempo que demoraram a chegar com uma nova gama. Na nova coleção surgem três modelos desportivos de mostrador quadrado octogonal, para atender à vontade de Thierry Stern, presidente da Patek Philipe desde 2009, que afirma em comunicado que há muito tempo que queria ter "um relógio quadrado na minha coleção", acrescentando: "não é fácil, uma vez que 85% dos relógios em todo o mundo são redondos."

Foto: @Patek Philipe

Stern não tenciona aumentar a produção dos cerca de 73.000 exemplares por ano. Isto significa que a chegada destes três novos relógios vai fazer com que os das outras coleções sejam produzidos em menor quantidade, aumentando o seu prestígio e a sua procura. Ainda assim, a chegada de uma nova coleção, especialmente tantos anos depois da última, é um passo de risco para qualquer marca. Relógios agora icónicos como os da coleção Nautilus foram mal recebidos inicialmente e a marca está pronta para que o mesmo se observe neste lançamento. Especula-se que o nome Cubitus surja da junção da palavra cubo, pelo seu formato, com o nome Nautilus, de onde esta terá retirado a inspiração enquanto relógio de desporto. Eventualmente, estes movimentos de risco, como foi a Nautilus em 1976, acabam por se tornar peças de culto e desejo.

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Numa altura em que as marcas de relógios partem de uma inspiração vintage e estreitam os seus modelos, também o diâmetro de 45 milímetros - quando medidos das 10 às 4 horas - destes três novos modelos é um risco na indústria. A caixa relativamente grande do relógio contrasta com a sua finura. Com apenas 8 milímetros, os modelos encaixam fácil e ergonomicamente no pulso sem pesar. O verso da caixa em cristal de safira expõe os mecanismos complexos da peça.

Foto: @Patek Philipe

O que marca a diferença desta coleção é a sua caixa. Apesar da marca já ter lançado modelos com caixas retangulares, estes serão os primeiros relógios desportivos com este elemento de design. A marca anunciou que um dos relógios terá sido fruto da oficialização de seis patentes.

O primeiro modelo, em platina (Ref. 5822P-001), é o mais complexo e técnico dos três, apresentando, além das horas, o dia da semana, o dia e a fase da lua. O mostrador exibe um fundo de riscas horizontais, em azul. O dia da semana e a fase da lua são indicados num mostrador circular entre as 6h e as 7h, ao lado de um pequeno círculo que conta os segundos, entre as 4h e as 5h. O dia aparece num mostrador retangular dividido em dois, debaixo das 12h. Por fim, a bracelete, ao contrário dos outros modelos da mesma coleção, é feita num material compósito.

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Foto: @Patek Philipe
Foto: @Patek Philipe

O segundo modelo, em ouro rosa e aço inóxidável, materiais raros na marca (Ref. 5821/AR-001), tem um mostrador também em azul com riscas de relevo. Com um aspeto mais limpo, o mostrador apresenta apenas os três ponteiros habituais e o dia, num retângulo, que substitui o traço das 3h.

Foto: @Patek Philipe

Por fim, o modelo em aço inoxidável (Ref. 5821/1A-001), idêntico ao modelo bitonal no seu design, muda na sua cor. O mostrador, ao invés de ser azul, é verde seco, e a caixa e bracelete contraria a bitonalidade do anterior sendo totalmente prateada. Ambos os modelos têm um fecho de báscula patenteado pela Patek Philippe.

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Foto: @Patek Philipe

Os relógios da nova coleção, pensados pela marca para "que tenha realmente todo o ADN da Patek Philipe no seu interior", como explicou o presidente Thierry Stern, variam entre os 41.243 e os 88.37 dólares.

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