Os relógios são um acessório especial e, muitas vezes, estão carregados de significado. Passam de geração em geração, são presentes que marcam momentos importantes e também são uma assinatura de estilo. A coleção de relógios Alpine Eagle, da Chopard, junta uma série de ingredientes que prometem torná-la especial. Além dos aspetos técnicos e do design, estas peças inspiram-se num ícone antigo da marca e uniram à volta da mesa três gerações da família Scheufele, que gere há décadas a marca suiça.
As origens da Chopard remontam à segunda metade do século XIX, na Suiça. A marca foi fundada por Louis-Ulysse Chopard, um relojoeiro que apostava na criatividade do design. A qualidade e o arrojo atravessaram várias fronteiras e valeram-lhe clientes até na corte russa do czar Nicolau II. O negócio passou pelas duas gerações seguintes da família Chopard, mas na década de 1960 entrou em declínio tendo sido adquirida por Karl Scheufele em 1963. Um alemão relojoeiro e ourives que procurava expandir o seu negócio e encontrou na Suiça o parceiro perfeito. Ao longo das décadas seguintes a marca foi-se tornando o império que hoje conhecemos e ao sr. Scheufele juntaram-se os dois filhos e atuais copresidentes da Chopard. Os irmãos dividem responsabilidades dentro da empresa, as coleções de mulher, joalharia e alta-joalharia foram desenvolvidas e estão a cargo de Caroline Scheufele, enquanto Karl-Friedrich Scheufele é o responsável pelas coleções masculinas, desenvolveu os relógios desportivos da marca assim como a manufatura da marca em Fleurier.
A coleção Alpine Eagle até pode ter sido lançada no outono passado, mas pode tornar-se um clássico intemporal, como aconteceu com o relógio St. Moritz, um ícone da marca da década de 80 e o ponto de partida para esta nova coleção. Em 1980 Karl-Friedrich Scheufele era um jovem a trabalhar na manufactura da Chopard com apenas 22 anos quando propôs ao pai fazer um relógio desportivo inspirado em St. Moritz e no estilo de vida glamouroso da vila suiça. Este foi, não só primeiro relógio desportivo da marca, como também a primeira peça em aço feita nos ateliers Chopard (que até aí só trabalhava com metais preciosos) e ainda um best-seller nos anos que se seguiram. Agora, 40 anos depois, a história reescreve-se. Como Karl-Friedrich Scheufele contou à MUST, tudo começou por acaso. O seu filho, Karl-Fritz, encontrou um relógio St. Moritz na secretária do pai e, depois de o usar durante alguns dias, achou que poderia ser uma boa ideia reinterpretá-lo. Como o pai não ficou imediatamente convencido com o projeto, o jovem desafiou também o avô e em pouco tempo estavam reunidas três gerações de homens da família Scheufele em torno do que viria a ser uma nova e simbólica coleção da Chopard: a Alpine Eagle.
Mas nem só o design do clássico St. Moritz foi atualizado. Esta nova coleção reflete o momento que vivemos de preocupação com a Natureza e o planeta (uma bandeira da marca há anos) e bebe inspiração nos Alpes e nas águias que os sobrevoam. Com o lançamento desta coleção a Chopard celebrou também a Eagle Wings Foundation, uma fundação que se dedica à proteção da fauna e da flora, da qual Karl-Friedrich Scheufele é membro fundador. Os mostradores destes relógios inspiram-se nas íris do olho da águia enquanto o aço frio é uma referência aos glaciares. As cores destes mostradores também ajudam a contar a história da coleção em tons alpinos, Aletsch Blue é o tom de azul do maior glaciar dos Alpes suiços, Bernina Grey remete para as pedras da cordilheira com o mesmo nome, Frosted White é o nome dado ao mostrador madrepérola que se inspira no Lago Sils, perto de St. Moritz. Os relógios Alpine Eagle são desenvolvidos e montados internamente e têm calibres certificados. Este modelo é unissexo e desdobra-se em dois tamanhos, grande (mostrador com 41 mm de diâmetro) e pequeno (mostrador com 36 mm de diâmetro). A caixa e a bracelete são feitas em Lucent Steel A223, um aço desenvolvido pela Chopard ao longo de cerca de quatro anos com propriedades que o colocam ao nível de um metal precioso. Algumas variações do Alpine Eagle são enriquecidas por outros elementos, como por exemplo, ouro rosa ou madrepérola.