De Patek Philippe a Jaeger-LeCoultre. Os relógios de luxo que Isabel II usava
Fosse qual fosse a marca, tinham todos um elo em comum: eram minimalistas, finos e delicados. A prova de que a rainha tinha bom gosto até nos acessórios.
14 de setembro de 2022 | Rita Silva Avelar
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Isabel II adorava cães, cavalos, selos e... relógios. A julgar pela quantidade de vezes que surgiu com um relógio no pulso, dir-se-á que ao longo de 70 anos de reinado este foi o acessório mais constante que a vimos usar. Como uma das mulheres mais ricas do mundo (pelo menos de Inglaterra), a rainha podia dar-se ao luxo de adornar o pulso com as melhores marcas de relógios. Escolheu Patek Philippe, Jaeger-LeCoultre e Omega, entre outras igualmente exuberantes, pelo menos no que toca ao valor monetário e raridade.
Pequenos modelos que não rivalizaram em nada com outros adereços mais extravagantes como as joias reais ou as tiaras, inclusive nas ocasiões mais formais. O que marcava o seu gosto pessoal quanto aos relógios eram o formato fino e delicado, pequeno, quase sempre ouro amarelo, o seu tom preferido.
Começamos por destacar o 101, de Jaeger-LeCoultre, que usou para a sua coroação na Abadia de Westminster em junho de 1953, quando tinha apenas 25 anos. Minúsculo, o relógio foi um presente que a monarca recebeu de Vincent Auriol, então presidente de França. O modelo 101 saiu em 1929, com um comprimento de 14 mm, uma largura de 4,8 mm e um peso de apenas uma grama, explica a Forbes. Tem uma pulseira com 110 diamantes lapidados e está apetrachado com o Calibre 101, considerado o mais pequeno movimento mecânico do mundo. Passou a chamar-se 101 Reine.
Outra das marcas de que a rainha era fã era Patek Philippe, a marca de Geneve que fez vários relógios por medida para a rainha. Entre eles o modelo 4975/1G Ellipse, com uma bracelete de pérolas e uma série de diamantes, feito em 2012, e exibido em Londres em 2015, por empréstimo da própria rainha.
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Além deste, ainda da marca, há outro modelo que sobressai: o Golden Ellipse 4975, com um marcador azul marcante, bracelete em malha e 30 diamantes na luneta (bem como nos marcadores de horas). Este modelo tem uma particularidade: o seu desenho foi inspirado pelo antigo princípio da proporção divina de 1/1,6181 descoberta pelos matemáticos gregos, o que resultou num modelo muito delicado e artístico.
Durante os seus últimos anos, Isabel II usou muito um modelo da mesma marca, o Calatrava, em malha milanesa dourada, muito elegante.
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Por fim, em 1992, a rainha fez um retrato oficial com um Omega Ladymatic de 20mm de ouro 14k com um mostrador de cor creme. Este Omega foi creditado por ter introduzido o primeiro relógio de pulso automático para senhoras e a rainha usou-o em várias ocasiões ao longo da sua vida.