Desde sexta-feira, os clientes podem alugar roupas por 350 coroas suecas (33 euros) por semana numa loja remodelada na praça Sergels Torg, no centro de Estocolmo. A retalhista sueca segue os passos das concorrentes Banana Republic e Urban Outfitters, que lançaram serviços semelhantes no início deste ano para explorar um mercado que movimentou mil milhões de dólares em 2018. Sites como Vinted e Hurr Collective estão a expandir-se na Europa, oferecendo aos consumidores uma maneira de vender ou alugar roupas usadas.
O modelo de aluguer da H&M é limitado a uma coleção de 50 peças de vestuário, oferecidas aos membros do programa de fidelidade da empresa. A H&M avaliará a experiência três meses antes de expandir o modelo. A loja, que testa novos conceitos, também contará com serviços de arranjos de roupas, um café e salão de beleza. "Acreditamos muito no aluguer, mas ainda queremos testar e aprender bastante e fazer ajustes e alterações", afirmou Daniel Claesson, chefe de desenvolvimento de negócios da H&M, numa apresentação na loja.
Simon Irwin, analista do Credit Suisse, disse ter dúvidas sobre o plano. "Eu ficaria surpreendido se realmente conseguirem fazer isto funcionar como modelo de negócios", disse. "Não vejo como o custo de mão de obra envolvido num modelo de aluguer nestas faixas de preço realmente faça sentido."
O setor de vestuário está sob crescente escrutínio, já que é responsável por até 10% das emissões globais de gases de efeito estufa e consome mais energia do que a aviação e a navegação combinadas, de acordo com as Nações Unidas. Até 2040, a H&M tem como meta que as suas emissões de gases de efeito estufa sejam negativas, o que significa que o volume compensado de emissões seria mais alto do que o produzido.