Desafiando as silhuetas normais, Dino Alves apresentou um verdadeiro diálogo quanto à relação e concepção do nosso corpo, aliadas à forma como os outros o vêem. Sendo o nosso corpo o nosso lugar mais privado, a coleção procurou exteriorizar todos os elementos que este espaço guarda, das memórias aos sentimentos. Assim, o desfile esteve repleto de peças intemporais, onde as cores cruas conhecem os tons mais fortes, até estampados, contidos nas peças em pele que sugerem espartilhos.
Todos estes elementos em cada peça serviram de reforço ao conceito historicamente mutável de corpo humano e da componente psicológica. A história contada pelo "enfant-terrible da Moda portuguesa" foi incorporada em peças inspiradoras para o quotidiano, sobre uma passerelle com pó de talco.