Gerardo del Villar conta-nos como é nadar no meio de tubarões do tamanho de autocarros
Gerardo del Villar, fotógrafo da natureza, anda há mais de 15 anos a tentar mudar a forma como olhamos para as mais magníficas criaturas do nosso oceano.
"Os tubarões existem na Terra há mais de 450 milhões de anos. Sobreviveram a cinco extinções em massa, mas os humanos estão a conseguir levar todas as espécies de tubarão à beira da extinção. Matamos mais de 80 milhões de indivíduos por ano, e se não pararmos imediatamente os tubarões vão desaparecer dos oceanos."
Encarar a verdade nua e crua é o suficiente para abalar a nossa fé na espécie humana, e deixar-nos num estado de terrível frustração, mas por outro lado dá, também, muita vontade de agir e fazer algo para ajudar os tubarões e, através deles, todo o Planeta Azul. Porque sem estes predadores de topo o ecossistema marítimo está em perigo e dificilmente conseguirá sobreviver. No fundo, deixa-nos com vontade de tentar fazer um pouco daquilo que Gerardo del Villar anda a fazer há mais de 15 anos. O autor da frase é um dos fotógrafos conservacionistas mais requisitados do planeta, mergulhador profissional, conferencista, e um dos grandes paladinos dos tubarões-baleia, o maior peixe do mundo. Armado com as suas máquinas, Gerardo del Villar já mergulhou por todo o lado, procurando mudar a forma como vemos estas magníficas criaturas.
A Must esteve recentemente à conversa com este mexicano, tentando perceber aquilo que o move, os momentos incríveis que mais o marcaram debaixo de água, e sobre o tempo, também. Não o clima, conversa de quem não tem mais nada para dizer, mas sobre a passagem do tempo, fora e debaixo de água, a propósito da sua parceria com a Oris - "juntámo-nos pelo amor e interesse que ambos partilhamos pelos grandes animais que habitam este planeta". A marca de relógios suíça começou por apoiá-lo nas suas missões, promovendo os seus trabalhos, convidando-o para palestras, mas agora decidiu mesmo criar um relógio especial, em edição limitada, para o ajudar nessa missão.
No seu trabalho procura mostrar a grande beleza do mar. Acredita que isso é importante para conquistar as pessoas para a sua proteção?
Tenho vindo a observar isso mesmo ao longo dos anos. As pessoas que se envolvem com o mergulho ou em atividades relacionadas com o mar, apaixonam-se profundamente por ele, por isso, sim, considero fundamental continuar a mostrar a beleza dos oceanos como forma de aumentar essa sensibilização.
O que o atraiu para fotografar a vida selvagem? E como é que acabou por se envolver com os tubarões-baleia?
Passei toda a minha infância e juventude num rancho, pelo que sempre convivi de perto com animais. Mas os meus pais também eram mergulhadores - há uma foto deles a mergulhar, tirada há cerca de 50 anos, que sempre me inspirou - por isso deixaram-me esta paixão como legado. Tinha 19 anos quando mergulhei pela primeira vez, e vi o azul do oceano e ouvi a minha própria respiração debaixo de água. Fez-me sentir vivo, mais vivo do que nunca, e desde o meu primeiro contacto com tubarões que me apaixonei pela espécie. Sobretudo por este gigante, cuja gentileza aliada ao seu tamanho o tornaram rapidamente no meu favorito.
Como é a sensação de nadar ao lado deste grande peixe?
É uma experiência única, que me transporta para um lugar especial, onde me esqueço de todas as preocupações e recarrego baterias. Faz com que a minha vida se torne muito mais fácil, na realidade. Pelo seu tamanho – são mais ou menos do mesmo tamanho de um autocarro - podiam facilmente magoar-nos, mas em vez disso partilham pacificamente o seu espaço. Temos muito a aprender com eles.
Tem algum momento que o tenha marcado especialmente?
Tenho vários momentos incríveis no mar, até porque me orgulho de aceitar aquilo que o mar me oferece a cada momento. Assim desfruto tanto de um encontro com um peixinho como de encontro com "Ele", com o maior peixe do mundo. Mas se tiver de escolher um momento único é o dia em que nadei perto de um tubarão-baleia com o meu filho Santiago (de 8 anos). Vê-lo a interagir com o tubarão, a divertir-se (como acontece comigo) é um daqueles momentos que levarei comigo para todo o sempre.
Todos percebemos a importância de estar atento ao tempo debaixo de água, mas certamente que essa perceção não é igual a quando se está na superfície, ou é?
Claro que não. Ou melhor, é parecido a nos estarmos a divertir e o tempo passa a voar. Debaixo de água é assim, achamos que só passaram 10 minutos de mergulho e, de repente, percebemos que afinal foram 50! Temos de voltar para a superfície, quando tudo o que queríamos era ficar ali mais um bocado.
O que mais valoriza num relógio, especialmente num relógio de mergulho?
A coisa que mais valorizo ?? Na minha vida é o tempo, por isso num relógio é naturalmente a sua capacidade de marcar o tempo. Mas quando me estou a referir a um Oris há algo mais, não é apenas uma ferramenta que dá as horas. A mim dá-me identidade, saber que estou a carregar uma bandeira que representa a proteção do nosso planeta.
Usa sempre um relógio mecânico e um computador de mergulho?
Sim, sempre os dois, porque embora os computadores de mergulho ofereçam uma gama de funções únicas, é muito difícil darem a mesma segurança que um relógio mecânico oferece. Hoje em dia não dispenso o Oris Whale Shark nem para tomar banho!
Oris Whale Shark Limited Edition
O Whale Shark é baseado no relógio de mergulho Oris Aquis GMT, e está limitado a 2.016 peças, para assinalar o ano em que a UICN colocou o tubarão-baleia na lista das espécies ameaçadas. Não é o primeiro Oris em prol dos oceanos, e não é sequer o último, porque a marca de Hölstein está fortemente envolvida com a preservação do meio ambiente.
Tal como o Aquis GMT, este tem uma caixa de 43,50 mm, com luneta rotativa bidirecional azul e preta (dia/noite) em cerâmica, com escala GMT. O mostrador é azul, e apresenta um padrão especial, inspirado na pele do tubarão-baleia, uma pele que tem características únicas, e permite inclusivamente identificar cada indivíduo da espécie, tal como uma impressão digital. O fundo da caixa tem também um tubarão gravado, o nome do modelo e o número da edição limitada. No interior bate um Oris 798, um movimento Automático com data e reserva de marcha de 42 horas. A resistência à água chega aos 300 metros, pelo que o pode levar mesmo nos mergulhos mais profundo - ou então para dentro do chuveiro. Preço: 2.650 euros.
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