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Otimismo. Pessoas que o têm vivem mais tempo?

Será o otimismo a chave para a "juventude"? Descubra quais os benefícios físicos e mentais deste mindset.

Foto: IMDB
15 de junho de 2022 | Ana Francisca Oliveira
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A resposta é sim, pessoas com altos níveis de otimismo têm mais chances de viver mais tempo - já explicamos porquê. Mas atenção: otimismo não é ignorar os fatores stressantes, mas sim olhar para os obstáculos como desafios temporários - e até positivos. Este tipo de pensamento não deve ser confundido com desprezo pelos problemas diários que todos enfrentamos. Pelo contrário, pessoas confiantes acreditam também que o destino se encontra sobre o seu controlo, e que podem criar oportunidades para futuros acontecimentos positivos. 

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A boa notícia? Todos podemos ser otimistas. O cérebro pode ser treinado a ser mais positivo, e hábitos como o exercício físico e a boa alimentação são fatores cruciais. Quanto mais otimista nos tornamos, melhor será a nossa dieta e os nossos hábitos de treino, reduzindo drasticamente doenças cardiovasculares e risco de mortalidade. O sistema imunitário torna-se mais forte e a função pulmonar aumenta. De acordo com Hayami Koga, investigador da Universidade de Harvard autor principal de um estudo recente publicado pelo Journal of the American Geriatrics Society, "o otimismo pode ser moldado por fatores sociais, mas os resultados [do estudo] sugerem que os benefícios do otimismo para a longevidade podem ser válidos para todos os grupos étnicos".

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Este não é o primeiro estudo a relacionar o otimismo com a longevidade. Em 2019, um estudo de Lewina O. Lee, do departamento de Psiquiatria da Universidade de Medicina de Boston, concluiu que tanto homens como mulheres com altos níveis de otimismo tinham uma esperança média de vida 15% mais elevada do que pessoas poucos confiantes. Este fenómeno já havia sido estudado em 1992 pelo professor Robert Plomin da King’s College de Londres, que realizou estudos em irmãos gémeos e concluiu que apenas 25% do otimismo é genético. O resto da percentagem cabe a cada um potenciar.

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Há até um método que sugere um reforço à positividade, apresentado em 2011 num estudo de Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia. Permite treinar o cérebro a ter perspetivas mais confiantes, e a investigadora chamou-lhe "O Melhor Eu Possível". Envolve escrever diariamente durante 15 minutos sobre os objetivos atingidos nesse dia e outros 5 minutos a descrever como isso o/a faz sentir, promovendo sentimentos positivos e aumentando a confiança.

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Este exercício mental é tão importante como o exercício físico regular para um corpo são, e uma mente sã. Adotar este método pode prolongar a vida, aumentando a probabilidade de viver por mais de 90 anos, conclui o estudo. 

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