A creatina é um componente de aminoácidos que se encontra presente nas fibras musculares e no cérebro, pertencendo aos músculos esqueléticos, os únicos que contraem em resposta a sinais de um neurónio motor. Pode ser encontrada em alimentos, ou sintetizada no organismo por meio de suplementação de creatina monohidratada, uma forma do componente que contém na sua estrutura uma molécula de água.
A ingestão deste suplemento atrasa a fadiga, melhora a recuperação, aumenta o tamanho das fibras musculares e a intensidade de realizar esforço físico, potenciando, assim, o rendimento do treino. De acordo com o fisioterapeuta Juan Ruiz López, em declarações à revista GQ Espanha, "a creatina é utilizada no treino de força, pois como é um substrato energético, vai permitir-nos levantar mais peso e realizar treinos mais intensos. Ao sermos capazes de realizar treinamentos mais intensos, podemos maximizar os nossos resultados".
O fisioterapeuta espanhol alerta também que a creatina é um hidratante celular, ou seja, transporta moléculas de água para o interior da célula, e aconselha a todos os que sofrem de doença renal ou hepática a consultar um profissional médico antes de começar a consumir o suplemento.
Mas a questão mantém-se, qual a melhor altura para tomar creatina?
O fisioterapeuta indica que alguns resultados de estudos científicos sugerem que é melhor tomar creatina após o treino, pois desta forma o corpo aproveita a janela anabólica. Esta permite uma maior absorção, já que o metabolismo conduz a síntese de moléculas complexas a partir de moléculas mais simples.
Porém, não há estudos que comprovem com toda a certeza a melhor hora de ingestão, por isso o mais aconselhado é tomar sempre à mesma hora, "sempre acompanhado de algum carboidrato", aconselha Juan Luiz López. Outra recomendação é tomar sempre a mesma dose, entre 3 a 5 gramas por dia, durante 30 dias, cortando depois por algumas semanas para evitar a tolerância do corpo.