A caminhada nórdica teve origem na Finlândia, e consiste em andar com os pés ao contrário dos braços, ou seja, o pé direito trabalha com o braço esquerdo e vice-versa. Este exercício é benéfico para quem gosta de subir ou descer colinas, já que é um treino de baixa intensidade, mas também se provou essencial para pacientes com doenças coronárias, que causam insuficiência nos vasos sanguíneos encarregues de irrigar o coração.
Enquanto que correr ou andar trabalha 40% dos músculos, este tipo de caminhada ativa até 90% do corpo, de acordo com a Associação Americana de Caminhadas Nórdicas. Jennifer Reed, diretora de fisiologia do exercício e saúde cardiovascular do Instituto do Coração da Universidade de Ottawa, no Canadá, afirma: "a nossa investigação mostra os benefícios superiores da marcha nórdica sobre a capacidade funcional, e destaca uma opção alternativa de exercício que requer custo e equipamento mínimo, para melhorar a saúde mental e física".
O estudo recente publicado no Canadian Journal of Cardiology mostra uma diferença significativa entre quem participou nas caminhadas, e quem executou treinos intercalados ou contínuos, moderados a rigorosos. Enquanto que todos os pacientes notaram um alívio nos sintomas da depressão e um aumento na qualidade de vida, a capacidade funcional nos caminhantes atingiu os 19%, em comparação aos 13 e 12% nos pacientes com regimes de exercícios.
Jennifer Reed alertou ainda para a prática de exercício regular, e que para atingir os melhores resultados é necessário fazer a marcha nórdica com vigor, coordenação e equilíbrio.