Devido à pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas encontram-se em regime de teletrabalho. Involuntariamente, quando estamos sentados durante muitas horas e numa cadeira menos confortável, temos a tendência de colocar os ombros e a cabeça para a frente, ou mesmo de cruzar as pernas. Sem nos apercebermos, esses pequenos movimentos podem causar lesões na coluna a longo prazo. Porém, existem formas de evitar esses desvios, em casa e em pouco tempo.
Segundo um estudo publicado no Journal of Physical Therapy Science , indivíduos com postura inclinada, tendem a ter os músculos e as articulações da parte da frente do pescoço mais fracos e os músculos da parte superior das costas e dos ombros mais tensos. Mais: o alongamento dos músculos esternocleidomastóideos e escalenos não impede a inclinação da cabeça para a frente. Consequentemente, este tipo de postura pode provocar o arredondamento dos ombros ou o desenvolvimento de uma hérnia discal, devido ao esforço extra que é realizado. Estas alterações são indicações para a famosa "síndrome da cabeça inclinada", a inclinação da cabeça para a frente que faz com que se quebre a linha vertical da coluna.
O especialista em cinesiologia, Jeremy Ethier, que analisa os movimentos humanos, explica no seu canal de YouTube que é importante corrigir a postura, não só porque estamos a cuidar da saúde, mas também para melhorar a autoestima. Ethier criou uma rotina de quatro exercícios, para ser feita no ginásio ou em casa.
O segmento inclui alongamentos esternocleidomastóideos, alongamento dos escalenos anteriores, movimentos para desobstruir o triângulo suboccipital e ainda exercícios dedicados às dobras do queixo. Cada exercício tem a duração entre 30 a 60 segundos ou 10 respirações profundas. No caso do exercício das dobras do queixo, o mesmo tem a duração de 12 a 15 minutos. No entanto, pode acompanhar todo o processo detalhadamente num vídeo feito por Jeremy Ethier.
Para que esta rotina tenha algo efeito, o especialista em cinesiologia aconselha que os exercícios sejam realizados duas a três vezes por semana. E assim, consequências como dores nas costas ou lesões mais graves podem ser evitadas.