O tempo é crucial. Não têm de ser, necessariamente, cinco minutos. Podem ser dois ou três ou quinze. Mas não podem ser duas horas. Queremos urgência e potência, tipo Usain Bolt, mas não o género Carlos Lopes porque isto não é nenhuma maratona. Os benefícios do sexo na saúde, tanto a nível físico como emocional, são bem conhecidos entre a comunidade médica. O sexo reduz as hipóteses de doenças cardiovasculares e, segundo um estudo científico recente, até diminui as probabilidades de contrair cancro da próstata. Torna-nos ainda mais felizes, diminui o stress, melhora o sono, a compleição da pele, faz-nos parecer mais novos, aumenta a fertilidade, os níveis de imunidade do organismo e a tolerância à dor, diminui os riscos de incontinência… Como tudo isto está profusamente documentado, despachemos o assunto, até porque não há tempo a perder.
Se o sexo é óptimo para a saúde, por que razão a maioria das pessoas – com a honrosa excepção dos atores dos filmes para adultos – não o faz com tanta frequência como se deveria? As desculpas são sempre as mesmas: falta de tempo, problemas no trabalho, o carro com falhas na mecânica, as contas, etc… E, provavelmente, até se tira uma hora por dia para se ir correr ou para se ir ao ginásio, já para não falar do tempo que se gasta sentados no sofá a ver séries. Com o sexo rápido, acabaram as desculpas. Os detratores – o sexo rápido também tem críticos, na sua maioria mulheres – vão dizer que todos aqueles benefícios para a saúde se conseguem, sobretudo, em longas sessões de sexo, plenas de intimidade. Mas isso não é verdade. No tipo de sexo em apreço também se exercita o sistema cardiovascular, trabalham-se os mesmos músculos, muitas vezes com mais intensidade, libertam-se as mesmas feromonas e dopaminas… Por isso, para que se tenha uma vida mais saudável e longa, aqui fica uma pequena lista do que se deve fazer.
1. Criar um cenário. O que se procura é uma explosão de adrenalina. Por isso, ajuda bastante que, na altura de as pessoas se encontrarem, a tensão já esteja em alta. Comece-se a preparar o momento com alguma antecedência: convém enviar SMS, dizendo o que se gostaria de fazer e/ou o que gostaria que se lhes fizesse. Lembremo-nos que o cérebro é o nosso ponto mais erótico. No momento do encontro, a excitação estará tão acumulada que nenhum dos dois vai perder tempo com futilidades.
Atenção: o sexo rápido pode ser feito com alguém que se acabou de conhecer, com um (ou com uma) amante ou dentro de uma relação. Estamos a presumir – a bem da legalidade – a última hipótese. Caso contrário, muito cuidado com as mensagens escritas. A fuga não é a actividade física pretendida.
Atenção: nem todos os lugares servem. Uma casa de banho pública parece um óptimo sítio, mas apenas se for num restaurante gourmet. Há que manter o nível. Numa tasca é capaz de não ser assim tão sexy, a não ser que se pretenda uma situação mais kinky… Descubra se algo que funcione para os dois. Se for o caso de um par muito conservador, pode-se começar, apenas, por trocar de divisão, em casa (cozinha, casa de banho…).