Há sempre várias razões que transformam um ator numa estrela de Hollywood a par da beleza ou do talento. No caso de Paul Mescal foi o papel de Connell Waldron, na série adaptada pela BBC, Normal People, baseada no livro de Sally Rooney, que já foi vista por milhares de pessoas. Apesar da sua maravilhosa e premiada interpretação como o sensível Connel, nada faria prever que num ápice Paul Mescal veria a sua conta de Instagram alcançar mais de um milhão de seguidores em poucas semanas. Aliás, houve um grupo de fãs que foi mais longe e criou uma conta dedicada ao colar que o ator usa na série, tal o nível de histerismo em torno do jovem irlandês.
Foi por isso que - em entrevista à
GQ britânica (é a capa da edição de janeiro/fevereiro de 2021) - Paul Mescal, de Maynooth, Irlanda, diz que "não teve controlo sobre um dos momentos mais importantes da sua vida." Com apenas 24 anos,
o ator é agora um dos mais cobiçados da sua geração. Na história escrita pela também irlandesa escritora Sally Rooney,
Marianne e Connell são dois jovens a viver numa vila pequena, que embora pertençam a estratos sociais e grupos diferentes apaixonam-se de forma imprevista, e escondem esse romance de tudo e todos.
Ao longo dos anos, até à faculdade, vão-se aproximando e afastando conforme o rumo da vida de cada um, mas acabam sempre por cruzar-se e envolver-se. A personagem que Paul Mescal interpreta é particularmente
enigmática, sedutora, sensível e também algo imprevisível. E segundo a escritora revelou numa entrevista à mesma publicação britânica em abril deste ano, aquando da estreia da série, Paul Mescal é tudo aquilo que imaginava para Connell.
O ator cresceu em Maynooth, onde
praticou futebol gaélico durante vários anos, e licenciou-se em Artes Performativas na The Lir Academy do Colégio Trinity de Dublin, em 2017. Participou em várias peças de teatro, como
Angela's Ashes ou
The Great Gatsby, até que em 2018 começou a filmar Normal People, ao lado de Daisy Edgar-Jones. "Tornei-me ator certamente não por acaso, mas tarde" conta, em entrevista a esta edição da GQ britânica. "Eu não era um daqueles miúdos que queria ser ator aos 12 anos de idade. De forma alguma. Na verdade, o meu pai fazia alguma representação e eu costumava vê-lo em peças e não sentia qualquer desejo de estar lá em cima [no palco], estranhamente (...) Lutei muito com essa decisão."
O seu próximo (e muito esperado) papel será na estreia como realizadora de
Maggie Gyllenhaal,
em The Lost Daughter.